Neste verbete escrito exclusivamente para o Blog Mulheres na Filosofia, Márcio Damin e Sueli Custódio escrevem sobre Margaret Cavendish, uma filósofa inglesa pertencente à aristocracia que ganhou popularidade como escritora em sua época. Um dos temas abordados por ela, e explorado no presente verbete, é o da filosofia natural.
O verbete começa tratando da influência dos debates travados em Paris — no círculo de Newcastle e posteriormente no salão dos Cavendish — sobre a escrita dos primeiros textos publicados por Cavendish, Poems and Fancies (1653) e Philosophical Fancies (1653); até a influência de Thomas Hobbes na obra World’s of Olio (1655), onde o materialismo da autora ganha contornos mais modernos. De modo instigante, o texto mostra ainda como Cavendish, em Observations upon Experimental Philosophy (1666), ao invés de recusar o atomismo, assimila dele vários elementos e o expande, buscando superar aquilo que considerava suas limitações.
Ao final, ao falar sobre Blazing World (1666), o verbete mostra a posição crítica de Cavendish frente a sociedade em que vivia, expressa através de um diálogo entre a Duquesa de Newcastle, alter ego de Cavendish, com a Imperatriz. Um dos momentos se dá quando a autora propõe que tanto a personagem da Duquesa quanto qualquer outra pessoa tenha o direito de criar e organizar mundos paralelos ordenados em suas mentes conforme suas escolhas e ações. Desse modo, o verbete mostra, de maneira instigante, como Cavendish estabelece uma relação entre suas reflexões políticas e sua filosofia natural.
Leia o verbete na integra em nosso blog.
コメント