Você conhece a obra "Também Há Mulheres Filósofas"?
Esse livro tem como objetivo principal tornar visível a presença de filósofas na tradição ocidental, divulgando seus pensamentos, publicações e teses. Também, contribui para legitimar "uma filosofia no feminino" e fortalecer nossos estudos sobre as mulheres na Filosofia.
A obra é uma coletânea de ensaios, organizada pela professora Maria Luísa Ribeiro Ferreira, a partir de trabalhos do Projeto "Uma Filosofia no Feminino"- Centro de Filosofia da Universidade de Lisboa. Maria Luísa é Professora Catedrática (aposentada) da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa.
Trata de uma obra publicada em 2001, mas que ainda é pouco conhecida entre nós, estudiosas/os no campo da Filosofia.
Para saber mais, veja a resenha escrita pela professora de Filosofia, Graziela Rinaldi da Rosa- Universidade Federal de Rio Grande/FURG. Essa resenha foi publicada no ano de 2006.
Na ocasião, Graziela Rinaldi da Rosa pesquisava/problematizava no curso de Mestrado sobre a ausência das Mulheres na Filosofia, na Universidade do Vale do Rio dos Sinos/UNISINOS-RS.
Durante essa pesquisa de mestrado, foi possível estabelecer diálogos com grupos e pesquisadoras, que desenvolviam pesquisas em Universidades estrangeiras, e tinham trabalhos sobre o pensamento de mulheres na Filosofia.
Passado quatorze anos que essa resenha foi publicada, ela dialoga com os estudos das/sobre mulheres filósofas, e nos mostra a importância de nossas pesquisas para conhecermos, lermos e divulgarmos os pensamentos das mulheres na Filosofia. Na ocasião que ela foi escrita e publicada, o tema "As mulheres e a Filosofia", causava estranheza, quase não tínhamos a presença dessa temática em eventos acadêmicos, e poucos eventos haviam acontecido no Brasil, que abordassem especificamente a problemática da exclusão das mulheres na Filosofia. Poucos livros conhecíamos sobre a temática, que dialogassem com os estudos de gênero e/ou com as epistemologias feministas. Tampouco tínhamos Grupos temáticos com essa abordagem teórica e crítica, em associações filosóficas. Havia uma tímida presença de grupos de estudos, e as leituras e pesquisas eram quase algo "clandestino" e ocultado, dentro de nossas Universidades, e dos Cursos de Filosofia no Brasil. Pouco se ousava falar dos preconceitos e violências que as mulheres sofreram historicamente na Filosofia. As críticas feministas na Filosofia se davam de forma mais privada, e muitas mulheres que atuavam como professoras de filosofia nas Universidades assumiam esses temas, e as leituras das filósofas, como algo privado, uma paixão pessoal, não publicada (Sobre isso, ver a obra "As Relações de Gênero na Filosofia").
Para saber mais, ler:
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