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Assédio sexual na universidade: um problema incontornável?

"Se todo texto político é escrito para alguém e contra alguém, apostamos que esse possa despertar alguma fagulha de consciência naqueles que ainda não se deram conta de que certas falas ou gestos corporais são constrangedores ou mesmo agressivos para uma mulher que esteja em situação hierarquicamente inferior na academia: a aluna. Apostamos, também, em despertar nas alunas a consciência de que já possam ter sofrido assédio sexual ou que possam vir a sofrer e em incitá-las a uma possível reação à altura da gravidade do ocorrido".


"Não é fácil, nem simples escrever esse texto. Tampouco o é vivenciar ou presenciar o assédio. Calar-se seria uma alternativa sufocante. Talvez falar sobre o assédio não seja a solução para o sofrimento das assediadas, nem cesse completamente o próprio assédio. Talvez alguns homens se sensibilizem com essas palavras e passem a vigiar e a conter mais suas falas e gestos quando tomados por algum desejo sexual diante de uma aluna. Talvez passem a sentir o mesmo desconforto de que falamos ao presenciar uma situação de assédio por parte de um colega. Talvez as alunas passem a ter mais coragem de responder à altura diante do assédio ou encontrem algum refúgio e acolhimento de seu sofrimento em outras alunas e professoras, e até mesmo entre professores sensibilizados com relação a esse tipo de injustiça. O que não podemos é assumir que o assédio seja um problema incontornável".


Texto de Juliana Aggio e Silvana Ramos agora publicado no Le Diplomatique: https://diplomatique.org.br/assedio-sexual-na-universidade-um-problema-incontornavel/


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