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CURSO AS PENSADORAS LATINOAMERICANAS – 1ª EDIÇÃO

Atualizado: 30 de out. de 2020

APRESENTAÇÃO DO CURSO

Para a edição do curso As Pensadoras Latinoamericanas escolhemos algumas intelectuais dos séculos XIX e XX que colocam no centro de suas reflexões a periferia. Com discussões pautadas na Filosofia, na História, na Teoria Política, nas Ciências Sociais e na Educação, essas pensadoras contribuíram e contribuem para o aprofundamento de questões éticas, políticas e educacionais diretamente relacionadas à luta pela igualdade de gênero/raça/classe e de lugar como humanos no território do globo. O curso abordará de modo detalhado o pensamento e a luta de cada uma destas pensadoras e fomentará discussões sobres as ideologias feministas nos contextos em que cada uma delas aparece a fim de inclusive colocar questões aos feminismos e questões para se construir juntas a partir destas leituras.

Coordenação: Dra. Viviane Bagiotto Botton

Mediação: Dra. Viviane Bagiotto Botton e Equipe Pedagógica.


Aulas 1x por semana 2h/aula - 2 turmas:

Terças-feiras: das 18h30min às 20h30min

Quintas-feiras: das 8h30min às 10h30min

LINK DE INCRIÇÃO Brasil e América Latina: https://forms.gle/rEaBQEpjCk3iVXE97

E-MAIL PARA INFORMAÇÕES: pensadoraslatinas@gmail.com


LINK DE INCRIÇÃO Europa: https://forms.gle/TT6Us9zSFXzU7R5eA

E-MAIL PARA INFORMAÇÕES: pensadoraslatinas@gmail.com


Nível: básico, introdutório.


Realização: Escola As Pensadoras

Plataforma: Google Meets e Google Classroom. Recomenda-se usar uma conta pessoal Gmail para acompanhar acessar as plataformas.

Certificação: 20 horas, pela Escola As Pensadoras. As aulas ficarão salvas até a data do recebimento dos certificação - 30 a 60 dias.

Corpo Docente e respectiva pensadora:

16/11 Conferência de Abertura "Mulheres indígenas e a colonização"

(Para as 2 turmas e aberta ao público.)

  • As palavras e os ensinamentos das ancestrais - Ana Manoela Karipuna (UFPA)

  • Indígena subjetivando em diferente contextos - Edilaise Nita Tuxá (Articulação Brasileira de Indígena Psicólogos(as) - ABIPSI)

  • Do território às universidades: indígenas mulheres no transitar do saber- Braulina Aurora Baniwa - (PPGAS)


AÇÃO SOLIDÁRIA: SERÃO DOADAS CESTAS BÁSICAS PARA MULHERES INDÍGENAS DE DUAS ETNIAS: a Guaranis a Kaingang.


TURMA 1*

Terças-feiras: das 18h30min às 20h30min

17/11 - Aula 1 -Dra. Miriam Adelman (UFPR): Rosario Castellanos

24/11 - Aula 2 - Dra. Marina Costin Fuser (PUC-SP): Glória Anzaldúa

01/12 - Aula 3 - Dra. Nivia Ivette Núñez de la Paz (UNINI): Ivone Gebara

08/12 - Aula 4 - Dra. Viviane Bagiotto Botton (UERJ): Julieta Paredes

15/12 - Aula 5 - Dra. Lia Pinheiro Barbosa: (UECE) Emma Chirix

TURMA 2*

Quintas-feiras: das 8h30min às 10h30min

19/11 - Aula 1 -Dra. Miriam Adelman (UFPR): Rosario Castellanos

26/11 - Aula 2 - Dra. Marina Costin Fuser (PUC-SP): Glória Anzaldúa

03/12 - Aula 3 - Dra. Nivia Ivette Núñez de la Paz (UNINI): Ivone Gebara

10/12 - Aula 4 - Dra. Viviane Bagiotto Botton (UERJ): Julieta Paredes

17/12 - Aula 5 - Dra. Lia Pinheiro Barbosa: (UECE) Emma Chirix



PLANOS DE AULAS:

Aula 1 : Dra Miriam Aldeman (UFPR): Rosário Castellanos

Não é a ‘mesma (velha) história’: Rosário Castellanos e a crítica do ‘eterno feminino’

Plano da aula:

Introdução ao pensamento da escritora feminista mexicana Rosário Castellanos (1925-1974), através principalmente da peça El eterno feminino. Meu argumento central é que esta peça, que ela inseriu no gênero ‘farsa’, deve ser compreendida (além do seu valor dramatúrgico, que não é pouco) como fazendo parte de um grande projeto das pensadoras, vindas de muitas partes do mundo, de re-escrita da história através de experiências e perspectivas de mulheres. El eterno feminino apresenta uma crítica ácida às estruturas históricas do poder patriarcal mexicana, cuja construção iniciou-se com a chegada dos primeiros colonizadores espanhóis (e imortalizada primeiramente como signo no emblemático ‘casal’ composto pelo explorador Hernán Cortez e a indígena, Malinche). Castellanos, através dessa obra e outras, entra ao elenco das pensadoras/es fundamentais do século XX, contribuindo entre outras coisas para uma história global do feminismo da segunda onda, e para o projeto decolonial de gerar maior compreensão de história e realidades latino-americanas.

Objetivos:

1) Examinar a peça, identificando personagens chaves e o que elas, dentro da trama narrativa, representam em termos de uma re-leitura da construção da nação mexicana.

2) Conectar estes mesmos elementos ao projeto de repensar a história e reconstruir a teoria social - a partir de experiências de mulheres e à luz da teoria feminista e a categoria de relações de gênero.

Bibliografia básica:

Miriam Adelman, “Modernidade e pos-modernidade em vozes femininas” https://www.academia.edu/4145922/Modernidade_e_p%C3%B3s_modernidade_em_vozes_femininas

Steven L. Torres, “ Cultura y posmodernidad: la recepción de El eterno femenino de Rosario Castellanos”

Mercedes Sena, “Rosario Castellanos y el eterno feminino”.

file:///C:/Users/miria/Downloads/MercedesSerna%20%20Rosario%20Castellanos.pdf

Nira Yuval-Davis, “Theorizing gender and nation”.

Bagiotto Botton, Viviane “A mulher e o eterno feminino em Rosario Castellanos”

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Aula 2: Glória Anzaldúa, Dra. Marina Costin Fuser (PUC-SP)

A Consciência de Mestiça em Gloria Anzaldúa

Plano da aula:

Em 1987, a teórica chicana Gloria Anzaldúa desenvolve o conceito de consciência mestiça, uma subjetividade que se orienta para a fronteira, para as encruzilhadas, onde alteridades se cruzam, provocando choques, estranhamentos, rusgas, mas também surge a possibilidade de se abrir para o encontro. Preso no espaço de fronteira, o assunto é dividido entre vozes dissonantes; portanto, não é unitário e não pode ser simplificado por meio de oposições binárias. Esse processo de travessia de fronteira visa a transitividade entre os espaços, buscando remontagens que possam libertar sentido da rigidez resguardada pelas estruturas dominantes. Anzaldúa busca questionamentos críticos sobre o que é percebido como verdade por uma dada cultura a partir de diferentes molduras, pontos de vista, um modo de tangenciar múltiplas perspectivas de ver a identidade de alguém. Ao trilhar caminhos nômades, La mestiza perde o sentido de pertencimento.

Como mestiça não tenho país, minha pátria me expulsou; no entanto, todos os países são meus porque sou irmã de todas as mulheres ou amante em potencial. (Como lésbica, não tenho raça, meu próprio povo me nega; mas sou todas as raças porque há o queer de mim em todas as raças.) Não tenho cultura porque, como feminista, desafio o grupo cultural / religioso derivado do sexo masculino crenças de indo-hispânicos e anglos; ainda assim, sou culta porque estou participando da criação de mais uma cultura, uma nova história para explicar o mundo e nossa participação nele, um novo sistema de valores com imagens e símbolos que se conectam entre si e com o planeta. Eu sou um ato de amassar, de unir e juntar que não só produziu uma criatura das trevas e uma criatura da luz, mas também uma criatura que questiona as definições de claro e escuro e lhes dá novos significados (Anzaldúa 1987, pp. 80-81).

Objetivos:

Esta aula pretende abordar os ritos e a semiótica das narrativas de fronteira que dão corpo ao conceito de consciência de mestiça de Glória Anzaldúa em diálogo com algumas teóricas de fronteira, como Trinh T. Minh-ha, Maria Lugones, Chandra Talpade Mohanty, mas com o foco na obra de Anzaldúa, cuja riqueza imagética e cultural abarca referências que nos fazem pensar a fronteira como um espaço complexo, transitório e que oscila entre o liso e o estriado, entre a patrulha e o que escapa. A proposta é suscitar discussões e questionamentos sobre o que é e o que fazer desta fronteira, num sentido que transita entre o real e o imaginário.

Referências bibliográficas

ANZALDÚA, Gloria. “Como domar una lengua salvaje”. In: GARCÍA, Cristina. Voces sin frontera: antología vintage español de literatura mexicana y chicana contemporánea. Nueva Cork: Vintage books, 2007.

ANZALDÚA, G. Borderlands/La Frontera: the new mestiza. 4 ed. San Francisco: Aunt Lute Books, 2012.

COSTA, Claudia de Lima; ÁVILA, Eliana. “Gloria Anzaldúa, a consciência mestiça e o ‘feminismo da diferença’". Revista Estudos Feministas. Florianópolis: UFSC, 13(3): 691- 703, setembro-dezembro, 2005.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs: Capitalismo e Esquizofrenia. Trad. Aurélio Guerra Neto e Célia Pinto Costa. Rio de Janeiro: Editora 34, 1995. (Vol. 1.).

LUGONES, María. Colonialidad y género. Tabula Rasa, Bogotá, COL, n. 9, jul.- dic., pp. 73-101.

MOHANTY, Chandra Talpade. (2003) Feminism Without Borders: Decolonizing Theory, Practicing Solidarity, Durnham, North Carolina: Duke University Press, 2003.

MORAGA, Cherríe; ANZALDÚA, Gloria. This bridge called my back: writings by radical women of color. New York, EUA: Kitchen Table, 1981.

SANTOS, Ana Cristina. “Fronteiras da Identidade: O Texto Híbrido de Gloria Anzaldúa”, Revistas UNILA, 2014.

TRINH, T. Minh-ha.Elsewhere, Within Here: Immigration, Refugeeism and the Boundary Event”, New York: Routledge, 2011.

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Aula 3: Dra. Nivia Ivette Núñez de la Paz (UNINI)

Ivone Gebara: a teóloga e filósofa ecofeminista que rompe silêncios!


No ano 2000 Ivone Gebara sacode a comunidade acadêmica, especialmente a teológica, com seu livro “Rompendo o silêncio: Uma fenomenologia feminista do mal”. Cinco anos antes, 1995, a professora freira tinha sido condenada ao silêncio (silêncio “obsequioso”) pelo vaticano (papado de turno) e “convidada a estudar” para revisitar seus conhecimentos, principalmente, pelas declarações feitas sobre o aborto. Propomos, nesta aula, trabalhar a Teologia Feminista a partir da história de vida desta mulher brasileira que sem dúvidas tem marcado o pensamento teológico e filosófico não só no Brasil, senão também em América e no mundo. Conceitos como: o mal, o pecado, a trindade, o cotidiano (vida ordinária) e outros, ganham no pensamento da Ivone dimensões diferentes: do aqui e agora. Esse Reino, tão cacarejado pela Instituição eclesial, desce como a divindade à terra e se faz/refaz a cada 24h.

Objetivos

- Contribuir à memória feminista, ao sentido histórico do feminismo, com o estudo da vida e trajetória da teóloga e filósofa ecofeminista Ivone Gebara.

- Trabalhar a Teologia Feminista a partir da história de vida de Ivone, brasileira que, sem dúvidas, tem marcado o pensamento teológico e filosófico contemporâneo.

- Destacar a História de Vida como ferramenta metodológica acadêmica feminista.

Referências bibliográficas:

GEBARA, Ivone. Trindade: palavra sobre coisas velhas e novas. Uma perspectiva ecofeminista. 1994.

GEBARA, Ivone. Rompendo o Silêncio: Uma fenomenologia feminista do mal. São Paulo, Vozes, 2000.

GEBARA, Ivone. As Águas do Meu Poço. São Paulo, Brasiliense, 2005.

GEBARA, Ivone. O que é teologia feminista. São Paulo, Brasiliense. 2007.

GEBARA. Ivone. As epistemologias teológicas e suas consequências. IN NEUENFELDT, Elaine; BERGSCH, Karen; PARLOW, Mara (Org.). In: Epistemologia, violência, sexualidade: olhares do II Congresso Latino-Americano de Gênero e Religião. São Leopoldo: Sinodal, 2008.

Outras obras da autora

  • "María mujer profética" (em co-autoria com Maria Clara Luchetti Bingemer, San Pablo, Madri, 1988);

  • "As incomodas filhas de Eva na Igreja da América Latina" (1990);

  • "Poder e não poder das mulheres" (1991);

  • "Vida Religiosa, da teologia patriarcal à teologia feminista" (1992);

  • "Teologia a ritmo de mujer" (San Pablo, Madrid, 1995);

  • Teologia ecofeminista. Ensaio para repensar o Conhecimento e a Religião (1997);

  • "Longin for running Water. Ecofeminism and Liberation" (Fortress Press, Minneapolis, Minnesota, 1999);

  • A Mobilidade da Senzala Feminina. Mulheres Nordestinas, Vida Melhor e Feminismo (2000);

  • "Intuiciones ecofeministas. Ensayo para repensar el conocimiento y la religión" (Trotta, Madrid, 2000);

  • "Cultura e relaçôes de gênero" (São Paulo, 2001);

  • "El rostro oculto del mal. Una teología desde la experiencia de las mujeres" (Trotta, Madrid, 2002);

  • "La sed de sentido. Búsquedas ecofeministas en prosa poética" (Montevideo, 2002);

  • La sed de sentido. Búsquedas ecofeministas en prosa poética (2002);

  • "Pour libérer la Théologie" (Canadá, 2002);

  • "O que é teologia" (Brasiliense, São Paulo, 2006);

  • "Compartir los panes y los peces. Cristianismo, teología y teología feminista" (Doble clic, Editoras, Montevideo, 2008);

  • O que é Cristianismo (2008);

  • Terra - Eco Sagrado (Teologia da Libertação e Educação Popular) (com Arno Kayser);

  • Filosofia feminista - uma brevíssima introdução (2017);

  • Travessias e acenos (1º romance) - Edições Terceira Via (2018).

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Aula 4: Dra. Viviane Bagiotto Botton (UERJ) : Julieta Paredes

Q’amasa Warminanaka, descolonizando o patriarco-capitalismo

A ativista boliviana Julieta Paredes se torna uma pensadora dos feminismos lationoamericanos e decoloniais a partir de sua prática coletiva e de sua intensa experiência em criar novos mundo e utopias "feministas" de cunho comunitário, em especial ao atuar no grupo "Mujeres Creando", fundado por ela e por outras ativistas e pensadoras, como Maria Galindo, uma de suas maiores aliadas. Na medida em que luta contra o patriarcado e o capitalismo, Paredes os pensa como indissociáveis e entende a colonização como um processo opressor que acabou sendo reproduzido nos povos originários e contribuindo para a opressão e a violência contra as mulheres. A colonização patriarco-capitalista neste sentido não é entendida somente como um acontecimento violento que teve um momento de início, mas como uma violência constante que precisa parada com a luta constante e diária de re-criação de novas realidades por meio da tecelagem de novas redes de relações e principalmente de modo comunitário. A descolonização para Julieta Paredes se faz de resistências ao mercado, ao capital, ao discurso hegemônico patriarco-epistémico-logo-euro-branco-capitalista através da Q’amasa Warminanaka (força feminina) no e para o território Abya Yala.

Objetivo da Aula:

Expor os principais aspectos dos argumentos da pensadora em relação a sua teoria e prática e fomentar a reflexão e o debate em torno deles.

Referências bibliográficas:

Paredes, Julieta, "Temos que construir a utopia no dia a dia", entrevista com Julieta Paredes In: https://apublica.org/2020/05/temos-que-construir-a-utopia-no-dia-a-dia-diz-a-boliviana-julieta-paredes/

_____ Hilando fino desde el feminismo comunitario, La Paz: CC Creative Commons, 2010.

_____ "La opresión que se recria", In: Varias, Mujeres en diálogo: Avanzando Hacia la Dezpatriarcalización en Bolívia, La Paz: Coordinadora de la mujer, 2012.

_____ "Disidencia y Feminismo Comunitario". Hemispheric Institute. 5 de agosto de 2017. In: https://web.archive.org/web/20170805222058/http://hemisphericinstitute.org/hemi/es/e-misferica-102/paredes

____ Mujeres Creando, despatriarcalizar con arte". Revista Pueblos. In: http://www.revistapueblos.org/blog/2016/09/20/mujeres-creando-despatriarcalizar-con-arte/

Morales, Victoria Aldunate (22 de noviembre de 2008). Julieta Paredes: feministas para revolucionar la sociedad.. - Hommodolars.org". hommodolars.org. janeiro de 2017.

Valencia, Rufo (24 de junio de 2014). "La boliviana Julieta Paredes explica en Canadá el feminismo comunitario indígena". Radio Canada International. In: http://www.rcinet.ca/es/2014/06/24/la-boliviana-julieta-paredes-explica-en-canada-el-feminismo-comunitario-indigena/

Julieta paredes explica EL Feminismo Comunitario: Charla pública con Julieta Paredes hermana Aymara de Bolivia». Auto Gestival. https://www.youtube.com/watch?v=FqD5uD_lHh8

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Aula 5 : Dra. Lia Pinheiro Barbosa: Emma Chirix

Mulheres indígenas, corpos, subjetividades e racismo à luz de Emma Chirix

Plano de Aula:

A pensadora Emma Chirix pesquisa sobre como o “processo civilizatório” consolidou um disciplinamento dos corpos das mulheres indígenas. Nessa linha, a pensadora analisa como os corpos das mulheres indígenas maias foram construídos e materializados à luz das normas, valores e castigos inerentes ao papel “civilizatório” erigido historicamente pelo Estado e a Igreja Católica. Em uma perspectiva feminista, Emma Chirix adentra às interfaces entre interseccionalidade, corpos, poder e racismo e aponta como se expressam as relações de poder, a hierarquia e o privilégio racial em relação às mulheres indígenas.


Objetivo da Aula:

A aula tem por objetivo apresentar uma introdução às bases teórico-metodológicas da produção intelectual da socióloga guatemalteca Emma Chirix. Outro objetivo é debater a concepção de “processo civilizatório” a partir da domesticação dos corpos das mulheres indígenas, dando ênfase às categorias corpos, subjetividades e racismo à luz do feminismo e em uma perspectiva descolonizadora.


Referências Bibliográficas

CHIRIX, Emma. Cuerpos, poderes y políticas: mujeres mayas en un internado católico. Guatemala: Ediciones Maya’Na’oj, 2013.

CHIRIX, Emma. “Subjetividad y racismo: la mirada de las/los otros y sus efectos”. In: Espinosa-Miñoso, Yuderkis; Gómez-Correal, Diana; Ochoa-Muñoz, Karina (orgs.). Tejiendo de otro modo: feminismo, epistemología y apuestas descoloniales en Abya Yala. Popayán: Universidad del Cauca, 2014, p. 211-222.


QUEM SOMOS


Dra. VIVIANE BAGIOTTO BOTTON (UERJ) É pesquisadora de pós-doutorado em filosofia na UERJ onde desenvolve uma pesquisa sobre o diagnóstico da Histeria no Brasil da perspectiva das relações entre loucura, mulheres e ciências médicas nacionais. Tem doutorado pela UNAM- Universidade Nacional Autónoma do México tendo também realizado um intercâmbio com a Universidade ParisXII e Paris I. Estuda questão sobre Corpo e Subjetividades a partir do pensamento de Michel Foucault e dedicar-se aos estudos sobre gênero e poder, primeiramente nas questões impulsionadas pela tese e também pela experiência e proximidade com as escritoras latino-americanas e em especial a mexicana e a chicana. Isto convergiu com a entrada ao grupo Anamorfoses de filosofia latinoamericana e decolonial que passou a integrar quando foi professora substituta na PUC-SP em 2016 e 2017 e atualmente com sua atuação junto ao laboratório "filosofias do tempo do agora" (UFRJ) e do núcleo de estudos sobre histeria, fundado por ela e outras pesquisadoras do Rio de Janeiro.


Dra. LIA PINHEIRO BARBOSA (UECE): Doutora em Estudos Latino-Americanos pela Universidad Nacional Autónoma de México (UNAM), com intercâmbio no Centro de Estudios Superiores de México y Centroamérica (CESMECA).. Socióloga e Mestre em Sociologia pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Professora da Universidade Estadual do Ceará (UECE), no Programa de Pós-Graduação em Sociologia (PPGS), no Mestrado Acadêmico Intercampi em Educação e Ensino (MAIE) e na Faculdade de Educação de Crateús (FAEC). Líder do Grupo de Pesquisa (CNPq) Pensamento Social e Epistemologias do Conhecimento na América Latina e Caribe. Pesquisadora do Grupo de Trabalho Economía Feminista Emancipatória e do Grupo de Trabalho Anticapitalismos y Sociabilidades Emergentes, ambos do Conselho Latino-Americano de Ciências Sociais (CLACSO). Desenvolve pesquisas relacionadas à resistência, movimentos indígenas e camponeses e defesa dos territórios e dos comuns na América Latina. Nesse marco, também pesquisa a concepção onto-epistêmica de feminismo e da luta das mulheres na perspectiva das camponesas e indígenas em contextos de resistências na região.


Dra. Nivia Ivette Núñez de la Paz. Pós-doutorado em Teologia Sistemática (2015-2017) pela Faculdades EST, São Leopoldo (RS) com o Projeto "Em defesa da vida: da violência de gênero para relações humanizadas", bolsa PNPD/CAPES. Doutora (2008) e mestra (2004) em Teologia pela Faculdades EST, São Leopoldo (RS). Licenciada em Teologia (2001) pelo Seminário Evangélico de Teologia, Matanzas, Cuba. Bacharelado em Filosofia (2015-2019) pela SINAL - Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Rio Branco, Acre. Professora do Mestrado em Educação e Diretora de Tese da Universidad Internacional Iberoamericana - UNINI e da Universidad Europea del Atlantico - UNEATLANTICO. Miembro de la Escuela Internacional de Filosofia Intercultural – EIFI, Barcelona/España.. É membro do Grupo de Pesquisa Religião, Gênero e Violências (REGEVI) da Faculdade UNIDA de Vitória/Brasil e do Grupo de Investigación Formación, Interculturalidad e Innovación en Educación, UNINI-México e do Grupo de Pesquisa de Teologia Pública, da Pontifícia Universidade Católica, PUC- Curitiba/Brasil. Suas Áreas de Pesquisa e atuação são: Feminismos, Teologia, Filosofía, Violência contra as mulheres, Educação Popular, Interculturalidade, Ética e Direitos Humanos.

Dra. Marina Costin Fuser é doutora em Estudos de Gênero pela University of Sussex. Passou um ano pesquisando sob a supervisão de Trinh T. Minh-ha em Berkeley, onde cursou seu doutorado-sanduíche no Department of Gender and Womens Studies. Recentemente fez um curso executivo de Womens Leadership no Barnard College, Columbia University em Nova York. Trabalhou como assistente de pesquisa no programa Diálogos do Institute of Development Studies com análise, transcrições e traduções do material audiovisual coletado em plataforma de jovens cidadãos em Mozambique. Pesquisa e atua em questões de gênero e mulheres desde 2006, contribuindo com artigos, pesquisas, iniciativas e palestras sobre o tema. Publicou sua dissertação de mestrado, Mulheres que dançam à beira de um abismo: mulheres na dramaturgia de Hilda Hilst, pela EDUC em 2018, pesquisou o conceito de emancipação da mulher em O Segundo Sexo de Simone de Beauvoir. Sua tese de doutorado é sobre nomadismo no cinema e na etnografia pós-colonial de Trinh T. Minh-ha. Integrou o GenEq - Gender Equity Resource Center (Centro de Recursos sobre Equidades) em Berkeley e o NGender - núcleo de estudos de gênero de Sussex. Foi colaboradora do Reframe - coletivo de doutorandos e acadêmicos engajados de Sussex, e estagiou em curadoria de cinema no Pacific Film Archive, em Berkeley. Bacharel e mestre em ciências sociais pela PUC-SP, e lecionou em Sussex no campo de estudos culturais.

Dra. Miriam Adelman possui mestrado (M.Phil) em Sociologia - New York University (1990) e doutorado pelo programa de Doutorado Interdisciplinar em Ciências Humanas pela Universidade Federal de Santa Catarina (2004). É professora associada do Programa de Pós-graduação em Sociologia (PGSOCIO), do Programa de Pós-graduação em Letras (PGLETRAS, área de Estudos Literários) e o Curso de Ciências Sociais da Universidade Federal do Paraná e co-coordenadora do Grupo de Pesquisa de Mulheres e Produção Cultura, da UFPR, assim como co-fundadora do Núcleo de Estudos de Gênero/UFPR, núcleo interdisciplinar que atua nessa instituição desde 1994. Tem produção recente nas seguintes temáticas: teoria sociológica contemporânea; teoria feminista; cultura e discursos midiáticos; corporalidades e identidades e relações entre humanos e outros animais. Atualmente realiza pesquisa de campo nesta última área, através de estudos sobre gênero e culturas equestres populares, na interface com discussões sobre gênero e espaço, o rural e o urbano nas sociedades contemporâneas. Na área de cultura e discursos midiáticos, realiza pesquisa sobre representações de gênero e produção de mulheres na literatura e noutras áreas das artes; tem como projeto em andamento, a organização de um livro sobre esta temática. É também escritora e tradutora (do português e do espanhol) especializada na produção de versões, em língua inglesa, de textos nas diversas disciplinas das ciências humanas. Mantém o blog Juntando Palavras (conviteapalavra.blogspot.com)

Ana Manoela Karipuna, indígena do povo Karipuna do Amapá. Mestranda em Sociologia e Antropologia pela Universidade Federal do Pará (PPGSA / UFPA). Graduada em Ciências Sociais (UFPA). É membro dos grupos de pesquisa Diversidade e Interculturalidade na Amazônia: Pesquisas colaborativas e pluridisciplinares (Museu Paraense Emílio Goeldi) e do grupo Ameríndia - Grupo de pesquisa em Etnologia Indígena (UFPA). Colabora em pesquisas voltadas para os povos indígenas de Oiapoque e para as pautas das indígenas mulheres.

Edilaise Nita Tuxá, mulher indígena do povo Tuxá da aldeia Mãe. Mestra em Antropologia Social pela Universidade Federal de Roraima (UFRR). Especialista em Saúde Indígena pela UNIFESP. Graduada em Psicologia. Atua como professora substituta do Instituto Insikiran de Formação Superior Indígena da Universidade Federal de Roraima (UFRR). É coordenadora da Articulação Brasileira de Indígenas Psicólogos (as) - ABIPSI. Pesquisadora e militante indígena voltada para a temática de Saúde Indígena, Bem Viver indígena; Saúde mental em contexto indígena.

Lattes: http://lattes.cnpq.br/2390725253616825

Braulina Aurora Baniwa, indígena Mulher, pesquisadora e estudante do povo Baniwa, Bacharela em antropologia na Universidade de Brasília. Cursando Mestrado em Antropologia Social na UNB. Ativista do movimento Indígena, foi presidente da associação dos Acadêmicos Indígenas da Universidade de Brasília - AAIUnB. Defensora da questão de Gênero e sexualidade indígena e atuante na discussão sobre o racismo institucional, violência contra mulher, invisibilidade de estudantes indígenas nas universidades, levando esses debates para dentro das universidades, roteirista de documentários indígenas, lutadora pelo protagonismo de indígenas nos lugares de fala. Articuladora de Antropólogos indígenas no Brasil, juntamente com os demais estudantes indígenas.


Essa ementa é de propriedade da Escola As Pensadoras e de responsabilidade das professoras pertencentes ao corpo docente. Não permite cópia.





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