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JUDITH BUTLER

Nascimento: 24 de fevereiro de 1956

Natalia Buttler Sanches

Graduanda em Filosofia, UFRJ

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Foto publicada pelo blog da editora Boitempo em reprodução de texto da autora.

 

Judith Butler é uma filósofa e teórica de gênero estadunidense, seus trabalhos são importantes para a filosofia política, ética, feminismo, teoria queer e teoria literária. É mais conhecida por seus livros "Problemas de gênero: feminismo e subversão de identidade" (1990) e “Corpos que importam: os limites discursivos do ‘sexo’" (1993), nos quais a autora rebate noções comuns a respeito do que é gênero e introduz sua teoria da perfomatividade de gênero. É altamente ativista política e pelos direitos LGBTQIA+.

 

1. VIDA E EDUCAÇÃO

Nascida Judith Pamela Butler, no dia 24 de fevereiro de 1956 em uma família russo-judaica de Cleveland, a autora iniciou seus estudos filosóficos logo cedo, quando, aos 14 anos, como forma de punição pelo seu comportamento em classe, o rabino da escola hebraica onde Butler estudava a colocou em uma disciplina de ética. Seu até então pequeno interesse pelas disciplinas filosóficas, deixou de ser pequeno e a levou a se engajar mais em discussões e movimentos políticos e sociais. Começou seus estudos no Bennington College, posteriormente se transferiu para Yale, onde estudou até 1984, quando concluiu seu doutorado em filosofia. Fez um ano de intercâmbio acadêmico na Universidade de Heidelberg. Butler foi professora na Universidade de Wesleyan, na Universidade George Washingtonna Universidade Johns Hopkins antes de integrar o quadro de professores da Universidade da Califórnia, em Berkeley, no ano de 1993.

Sua companheira é a cientista política Wendy Brown. Juntas, elas compartilham a parentalidade de Isaac. Em 2020, Butler assumiu sua não-binariedade e seus pronomes são “eles/deles”.

2. ATIVISMO

No começo, seu ativismo se centrava mais nas questões feministas e LGBTQIA+, estendendo-se apenas para as questões antiguerra. Porém, com o passar do tempo, a autora foi se pronunciando e adentrando ativamente em outras lutas sociais. Como, por exemplo, quando publicamente defendeu parte do 2005 BDS, um manifesto e movimento palestino que promovia boicotes e sanções contra Israel, para pressionar o país a seguir determinadas obrigações, como respeitar e proteger os direitos dos refugiados palestinos à  moradia e à propriedade. Butler reforçou, ainda, que as posições de Israel não podiam e não deviam ser tomadas como opinião geral de todos os judeus, criticou a forma como o sionismo trata as vítimas, e apontou como isso poderia acabar banalizando o antissemitismo. Em 2006, a autora fez parte de um seminário contra a guerra do Líbano organizado pela Universidade da Califórnia.

Outros momentos muito representativos de seu ativismo foram: (i) quando a autora negou o prêmio “Civil Courage Award” da parada LGBTQIA+ de Berlim, por conta de comentários e posturas racistas dos organizadores da parada; (ii) quando a autora deu uma entrevista em 2015 acerca da importância de movimentos como o Black Lives Matter; (iii) quando a autora, em 2020, caracterizou o movimento feminista antigênero e trans excludente como uma nova vertente do fascismo e, (iv) quando, em 2021, ela repetiu essa mesma caracterização em uma entrevista ao The Guardian e teve parte de sua entrevista censurada, por conta dessa comparação.

3. UMA VISÃO GERAL DAS PRINCIPAIS OBRAS

· OS ATOS PERFORMATIVOS E A CONSTITUIÇÃO DO GÊNERO: UM ENSAIO SOBRE FENOMENOLOGIA E TEORIA FEMINISTA (1988)

Em seu primeiro trabalho filosófico acerca da temática de gênero, a autora argumenta que a identidade de gênero é uma realização performativa, influenciada pelas questões sociais e por tabus. Nesse caso, o gênero se constitui nos atos do corpo, ou seja, o gênero não é o ponto de partida, mas sim é constituído com o tempo.

Como a constituição do gênero seria baseada na performatividade de cada um, existiria um espaço em aberto para diferentes gêneros, o que iria de encontro às normas sociais da binariedade do gênero. Butler reconheceu a existência desse espaço quando disse: “É precisamente no caráter performativo da identidade de gênero que reside a possibilidade de questionar sua condição reificada.” (Butler, 1988, p. 520). Porém, nesse lugar de possibilidades diversas de identidades de gênero, somos delimitados pelas restrições sociais impostas e pelos tabus. Estaríamos sempre pressionados a performar o gênero que nos é imposto pelo nascimento, e qualquer ato oposto ao que se é esperado geraria punições. A autora também reconhece que apesar de todos os avanços dos movimentos feministas acerca dessa questão, ainda é importante tomarmos cuidado para não ratificarmos essas restrições binárias de gênero.

· PROBLEMAS DE GÊNERO: FEMINISMO E SUBVERSÃO DA IDENTIDADE (1990) 

Neste livro, Butler provoca as convenções ao tomar um posicionamento incisivamente crítico a dois pilares do feminismo e dos movimentos sociais como um todo: a identidade de gênero e a definição de “mulher”. Para ela, não seria possível a existência de um gênero conforme a metafísica ocidental vinha apontando. Tanto a sexualidade quanto o sexo seriam tão convencionadas socialmente quanto o gênero, sendo tanto o gênero quanto a sexualidade constituídos a partir da performatividade e não o contrário. Ela argumenta que tentar definir uma identidade para certos movimentos políticos e sociais seria engessar e aprisionar os indivíduos em categorias e não os libertar como era pleiteado. E isso valeria não apenas para os movimentos feministas, mas para os movimentos sociais como um todo. Ademais, a autora questiona a colocação do termo “mulheres” como único sujeito da luta feminista e acrescenta a possibilidade de inclusão de outros movimentos LGBTQIA+ nessa luta.

Butler enxerga nessa tendência em considerar sexo e gênero de formas correspondentes como um problema. Para ela, esses conceitos deveriam ser vistos de formas separadas, sendo construções sociais e temporais de cada um em sua individualidade. Nesse ponto, a autora discorda de Simone de Beauvoir: para ela, não haveria nenhuma essência no “ser fêmea” que o levasse, inevitavelmente, a se tornar uma mulher, uma vez que, na visão de Butler, o gênero se formaria pela performatividade individual de cada “ser”. Dessa forma, não seria possível categorizar toda “mulher” como seres que passaram por uma mesma fórmula experimental.

No livro, ainda aborda as questões da heterossexualidade compulsória e do falocentrismo. Para Butler, o que levaria a visão binária de gênero ser tão aceita e difundida é a institucionalização da heterossexualidade, uma vez que, para que o termo masculino se diferencie do termo feminino, é necessária a existência e o reforço das práticas heterossexuais. Essa diferenciação binária dos gêneros resulta na consolidação de cada um desses termos, da coerência interna respectiva ao sexo e da definição proposta de gênero. Ademais, tanto a heterossexualidade compulsória, quanto esse falocentrismo presente na sociedade ocidental seriam responsáveis pela produção das categorias ontológicas, sendo representativos para a constituição das linguagens e das representações aceitas. Dessa forma, o gênero poderia ser pensado como uma experiência produzida na repetição dessas identidades formadas no seio de práticas institucionalizadas que se organizam pelo falocentrismo e pela heterossexualidade compulsória.

 

· CORPOS QUE IMPORTAM: OS LIMITES DISCURSIVOS DO "SEXO" (1993)

Butler nesta obra busca corrigir e clarear leituras e más interpretações de sua teoria da performatividade, principalmente com relação às visões de que sexo/gênero seriam escolhas individuais diárias. A autora enfatiza, a importância da repetição para a performatividade. Além disso, aponta que esse ato de performar não poderia ser um único ato isolado, mas sim uma estrutura de repetição de algumas normas, às quais estamos sujeitos diariamente.

Para ela, a noção de gênero transpõe o ser, sendo, na verdade, algo que o indivíduo faz. Essa reflexão leva a autora a assumir que corpo e gênero existem de formas separadas. Sendo assim, Butler descontrói a ideia de que o gênero é algo com o qual nascemos e não que adquirimos. Além disso, a autora acredita que, por a ideia de gênero não estar “amarrada” a nenhum material corpóreo e ser apenas uma construção social, ela está constantemente aberta a mudanças e contestações. Butler leva isso mais a diante ao questionar a distinção entre gênero e sexo. Nesse cenário, influenciada pelas tendências pós-modernas da época, Butler é obrigada a admitir as influências linguísticas nas nossas visões da realidade, não sendo, então, possível articularmos ou pensarmos uma concepção de sexo sem determinadas questões linguísticas.

· VIDA PRECÁRIA: OS PODERES DO LUTO E DA VIOLÊNCIA (2008)

Nesse ensaio, escrito pouco depois do atentado de 11 de setembro de 2001, Butler sai um pouco da reflexão acerca de gênero, sexo e performatividade, e dá espaço a uma reflexão mais profunda acerca das violências na sociedade contemporânea. A autora trata de questões como a precariedade, a vulnerabilidade, o luto, a violência política principalmente em face à Guerra ao Terror e a realidade de prisioneiros como os da Baía de Guantánamo e centros de detenção similares. Além disso, aponta problemas nas leis internacionais, principalmente no que concerne à Convenção de Gênova pois, na prática, muitas dessas leis apenas protegem pessoas que pertencem e falam em nome de um Estado reconhecido, deixando à margem pessoas apátridas ou declaradas como terroristas por pertencerem a determinada religião ou nacionalidade. Nesse contexto, esses “Estados reconhecidos” se sentem no direito de prender os que estão marginalizados, por acreditarem e postularem que estes são fontes de perigo, uma vez que poderiam “ameaçar” as convenções impostas por eles. Na argumentação da autora, essa alteridade se daria em uma recorrente humanização/desumanização do Outro.

Butler discute, também, sobre o processo de esvaziamento do humano pela mídia, principalmente com relação a seus esquemas normativos que definem o que é ou não humano, o que é uma vida digna e o que é uma morte passível de ser lamentada. A autora acredita que esses esquemas de esvaziamento pela mídia se dariam pela imposição das corporações que monopolizam essa mídia, com interesses em manter o poderio militar. No contexto desse monopólio, tornam-se mais evidentes os motivos que levam as mídias a esconderem determinadas violências e mortes e mostrar outras. Essa seleção do que será ou não mostrado se dá na intenção de “fingir” que determinadas vidas nunca existiram ou, se existiram, que os motivos que decorreram em sua morte foram causados por eles próprios.

4. PRINCIPAIS TEORIAS

Traremos as principais teorias e interlocutores de Butler em 3 subcategorias: desejo e reconhecimento; identidade de gênero, sexo e performatividade e precariedade, luto e as violências.

· DESEJO E RECONHECIMENTO

Essa primeira subcategoria se encontra bastante presente na obra Subjects of desire, seu primeiro livro publicado, em que a autora se debruça sobre as reflexões hegelianas acerca do desejo. Butler se aprofunda nessa pesquisa de Hegel para entender de onde vem a proposição do desejo como ponto de partida e de reflexão crítica.

Esses termos voltam a aparecer bastante no primeiro capítulo de Problemas de Gênero (“Sujeitos do sexo/gênero/desejo”), onde a autora se endereça à teoria feminista e questiona o termo “mulher” como sujeito único do feminismo. Nele, a autora propõe ultrapassarmos os limites do que é proposto ao colocarmos essa “mulher” socialmente definida como sujeito único. Devemos, para além disso, lutar pela inclusão da mulher como parte de um sujeito universal abstrato e pelo seu reconhecimento enquanto sujeito, ou seja, marcada por sexo, gênero e suas performatividades individuais. Nesse sentido de um “sujeito universal abstrato”, Butler segue muito de perto o que é proposto por Beauvoir quando aborda criticamente o fato desse sujeito estar historicamente ligado ao conceito do masculino. No que concerne mais especificamente ao desejo, ele é colocado muito pontualmente na obra, como forma de desmontar o binarismo do par sexo/gênero.

· IDENTIDADE DE GÊNERO, SEXO E PERFORMATIVIDADE

Quanto a essa questão, Butler aponta dois problemas centrais: a luta e as políticas feministas estariam tão centradas nesse conceito de gênero, que estariam condenadas a se manterem presas no binarismo masculino/feminino, que apenas substituiria o par homem/mulher. Já o conceito de gênero (assim como o de sexo) estaria destituído do fundamento de identidade, uma vez que seria apenas uma transferência de um conceito ligado à natureza para um ligado à cultura. Butler pretende desestabilizar essas “normas” que sustentariam esse conceito de identidade. Por isso, a autora introduz sua proposição sobre uma performatividade de gênero.

A performatividade de gênero seria, então, um deslocamento dessa identidade de gênero, transformando-a de uma coisa a priori para um ato das vontades individuais de cada sujeito. Porém, ao assumirmos essa fluidez do gênero, passamos a confrontar as normas de gênero às quais estávamos submetidos. A autora passa, então, a destacar um interesse em esvaziar essa binaridade presente nesses fundamentos das normas.

· PRECARIEDADE, LUTO E VIOLÊNCIAS

A primeira abordagem sobre essa temática se dá ainda em Problemas de Gênero, quando a autora aponta a distribuição desigual do luto público quanto às vidas dos homens gays vítimas do HIV nos anos 80, quando em comparação às vítimas heterossexuais.

Esse tema volta a ser tratado em Vida Precária, quando entram em debate as respostas bélicas dos EUA ao 11 de setembro de 2001. Na mesma obra, Butler propõe o direito ao luto como uma política de reconhecimento, direito esse que divide os corpos entre os que importam e os que pesam, as vidas vivíveis e as vidas matáveis, os lutos “válidos” dos não válidos. Esses lutos “não válidos” vêm do apagamento das vidas que estão à margem na sociedade. São vidas que não possuem o direito da terra, que não possuem nem sequer as condições mínimas para garantir sua sobrevivência. Essas vidas, em geral, são colocadas em um lugar de desumanização.

Essa desumanização volta a ser pauta em Quadros de guerra, quando Butler desenvolve o conceito de precariedade dos viventes. Essa precariedade é melhor explicada em sua crítica à racionalidade neoliberal, que reúne a materialidade dos corpos com a psicalidade do poder. Uma vez que todo sujeito está exposto à morte, a precariedade passa a ser apenas uma condição imposta pelas políticas de discriminação, separando as vidas “válidas” e “com valor” das “não válidas” e “sem valor”. Essa política de discriminação está muito presente no luto público desigual entre essas duas classes de sujeito. As vidas que “merecem” ser lembradas e choradas e as que “não merecem”. Essa desigualdade fundamenta principalmente as discriminações, opressões e violências.

 

5. RECEPÇÃO DE SUAS OBRAS

Os trabalhos e as teorias de Butler são de grande importância desde sua publicação até hoje, sendo amplamente influentes para o feminismo, a teoria queer, os estudos culturais e a filosofia contemporânea. Suas teorias sobre performatividade de gênero não apenas transformaram a compreensão de gênero na academia, como moldaram e mobilizaram vários debates sobre o tema no mundo inteiro. Além disso, seu trabalho desmistificou muitas questões sobre o ensino de gênero, sobre a parentalidade por casais gays, assim como a despatologização das pessoas transgênero. A autora é, por muitos, vista como uma representação e um símbolo da luta contra as concepções sociais tradicionais do “papel de cada gênero na sociedade”.

Por outro lado, por mexer diretamente com concepções altamente tradicionais, a autora é muito criticada por seus posicionamentos. Esse foi o caso do Papa Bento XVI que criticou principalmente seus argumentos sobre o gênero. Além disso, como é exposto por Bruno Perreau, a autora foi retratada por muitos como um “anticristo”, um lado por sua identidade de gênero, sua orientação sexual e sua origem judaica, por outro por uma reação social ao tratamento e debate aberto dessas políticas minoritárias estarem sendo feitas por “um corpo corrompido” pertencente a tantas exclusões. A autora é, também, acusada de ter uma escrita “elitista”, por seu estilo de prosa ser considerado difícil e pouco acessível para leitores leigos. Outra crítica feita a ela é a de que suas teorias não contribuem à mudança da forma como a sociedade classificaria e trataria as mulheres, mas sim apenas eliminaria as categorias de masculino e feminino. Isso decorreria, segundo Alice Schwarzer, numa abolição dos debates sobre sexismo na comunidade queer.

6. BIBLIOGRAFIA 

· OBRAS

1987: Subjects of desire: Hegelian reflections in twentieth-century France. Nova Iorque: Columbia University Press;

1988: Performative Acts and Gender Constitution: An Essay in Phenomenology and Feminist Theory. Baltimore: The John Hopkins University Press. 1988. [ed. Brasileira: Os atos performativos e a constituição do gênero: um ensaio sobre fenomenologia e teoria feminista. Tradução de Jamille Pinheiro Dias. Cadernos de Leituras 78. Edições Chão de Feira, 2018];

1990: Gender trouble: Feminism and the subversion of identity. Nova Iorque: Routledge, 2006. [ed. brasileira: Problemas de gênero: Feminismo e subersão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003];

1993: Bodies that matter: On the discursive limits of "sex". Nova Iorque: Routledge, 1993. [ed. brasileira: Corpos que importam: Os limites discursivos do "sexo". Tradução de Verônica Daminelli e Daniel Yago Françoli. São Paulo: N-1 Edições e Crocodilo, 2019];

1995: Feminist contentions: a philosophical exchange. Com Benhabib, SeylaFraser, Nancy; Cornell, Drucilla. Nova Iorque: Routledge, 1995. [ed. brasileira: Debates feministas: Um intercâmbio filosófico. Tradução de Fernanda Veríssimo. São Paulo: Editora Unesp, 2018];

1997: Excitable speech: A politics of the performative. Nova Iorque: Routledge, 1997.

1997: The psychic life of power: theories in subjection. Stanford: Stanford University Press, 1997. [ed. brasileira: A vida psíquica do poder: Teorias da sujeição. Tradução de Rogério Bettoni. Belo Horizonte: Autêntica, 2017];

2000: Antigone's claim kinship between life and death. Nova Iorque: Columbia University Press, 2000. [ed. brasileira: O clamor de Antígona: Parentesco entre a vida e a morte. Tradução de André Cechinel. Florianópolis: Editora da UFSC, 2014];

2000: Contingency, hegemony, universality: Contemporary dialogues on the left. Com Laclau, ErnestoŽižek, Slavoj. Londres: Verso, 2000;

2003: Women & social transformation. Com Beck-Gernsheim, Elisabeth; Puigvert, Lídia. Nova Iorque: P. Lang, 2003;

2004: Precarious life: The powers of mourning and violence. Londres: Verso, 2004. [ed. brasileira: Vida precária: Os poderes do luto e da violência. Tradução de Andreas Lieber. Belo Horizonte: Autêntica, 2019];

2004: Undoing gender. Nova Iorque: Routledge, 2004 [ed. brasileira: Desfazendo gênero. Tradução de Victor Galdino, Ana Luiza Gussen, Gabriel Lisboa Ponciano, Carla Rodrigues, Luis Felipe Teixeira, Nathan Teixeira, Beatriz Zampieri. São Paulo. 2022.];

2005: Giving an account of oneself. Nova Iorque: Fordham University Press, 2005. [ed. brasileira: Relatar a si mesmo: Crítica da violência ética. Tradução de Rogério Bettoni. Belo Horizonte: Autêntica, 2015.];

2007: Who sings the nation-state?: Language, politics, belonging. Com Spivak, Gayatri. Nova Iorque: Seagull Books,

2007. [ed. brasileira: Quem canta o Estado-Nação?: Língua, política, pertencimento. Tradução de Vanderlei J. Zacchi e Sandra Goulart Almeida. Brasília: Editora UnB, 2018];

2009: Is critique secular?: Blasphemy, injury, and free speech. Com Asad, TalalBrown, WendyMahmood, Saba. Berkeley: University of California Press, 2009.

2009: Frames of war: When is life grievable?. Londres: Verso, 2009. [ed. brasileira: Quadro de guerra: Quando a vida é passível de luto?. Tradução de Sérgio Lamarão e Arnaldo Marques da Cunha. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2015];

2011: The power of religion in the public sphere. Com Habermas, JürgenTaylor, CharlesWest, Cornel. Nova Iorque: Columbia University Press, 2011;

2011: The question of gender Joan W. Scott's critical feminism. Com Weed, Elizabeth. Bloomington: Indiana University Press, 2011;

2012: Parting ways: Jewishness and the critique of Zionism. Nova Iorque: Columbia University Press, 2012. [ed. brasileira: Caminhos divergentes: Judaicidade e crítica do sionismo. Tradução de Rogério Bettoni. São Paulo: Boitempo Editorial, 2017];

2013: Dispossession: The performative in the political. Com Athanasiou, Athena. Cambridge: Polity Press, 2013;

2015: Senses of the subject. Nova Iorque: Fodham University Press, 2015;

2015: Notes toward a performative theory of assembly. Cambridge: Harvard University Press, 2015. [ed. brasileira: Corpos em aliança e a política das ruas: Notas para uma teoria performativa de assembleia. Tradução de Fernanda Siqueira Miguens. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2018].

2019: The gender of violence. New York: Penguin Random House. ISBN 9786356421531.

2020: The force of nonviolence. New York: Penguin Random House. ISBN 9781788732765.

 

· OBRAS SOBRE A AUTORA

BAKKER, Thais de. (2017) O estado-nação a partir da filosofia de Judith Butler: Reflexões sobre processos de congregação e segregação. Mestrado Filosofia. Orientação Carla Rodrigues. UFRJ, Rio de Janeiro.  

 

DEMETRI, Felipe. (2018) Corpos despossuídos: vulnerabilidade em Judith Butler. Mestrado Psicologia. Orientação Maria Juracy Toneli. UFSC, Santa Catarina. 

 

FEMENÍAS, María Luisa (2012). A crítica de Judith Butler a Simone de Beauvoir. Revista Sapere Aude , vol. 3, n. 6, Belo Horizonte. pp.310-339.  

GREINER, Christine (organizadora). (2016) Leituras de Judith Butler.  São Paulo : Annablume.  

PORCHAT, Patrícia. (2007) Gênero, psicanálise e Judith Butler: do transexualismo à política. Doutorado Psicologia. Miriam Debieux Rosa. USP, São Paulo. 

 

RODRIGUES, Carla. A função do luto na filosofia política de Judith Butler. In: Adriano Correia, Rafael Haddock-Lobo, Cíntia Vieira da Silva. (Org.). Deleuze, desconstrução e alteridade. São Paulo: Anpof, v. 1, p. 329-340. 

______________.      (2019) Para além do gênero: anotações sobre a recepção da obra de Butler no Brasil. Em Construção – Arquivos de Espistemologia Histórica e Estudos da Ciência. Vol. 5., 59-72. < https://doi.org/10.12957/emconstrucao.2019.40523>  

______________. (2020) Ser e devir: Butler leitora de Beauvoir. Cadernos Pagu no.56 Campinas 2019, Epub, 2020. <https://doi.org/10.1590/18094449201900560005>  

______________.    (2020) Judith Butler. Blog Mulheres na Filosofia. Campinas 2020, Verbete. <https://www.blogs.unicamp.br/mulheresnafilosofia/2020/06/18/judith-butler/>

 

SANTOS, Djamila Ribeiro. (2015) Simone de Beauvoir e Judith Butler: aproximações e distanciamentos e os critérios da ação política. Mestrado em Filosofia. Unifesp, São Paulo. Orientação Edson Teles.  

 

TORRANO, Luisa Helena. (2010) O campo da ambivalência. Poder, sujeito, linguagem e o legado de Michel Foucalt na filosofia de Judith Butler.  Mestrado em Filosofia, USP, São Paulo. Orientação Vladimir Safatle.  

 

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Thiem, Annika. (2008). Unbecoming Subjects: Judith Butler, Moral Philosophy, and Critical Responsibility. New York: Fordham University Press. ISBN 0-8232-2899-1

· LINKS ÚTEIS 

 

https://egs.edu/biography/judith-butler/

https://www.culturagenial.com/judith-butler-livros/

https://cla.purdue.edu/academic/english/theory/genderandsex/modules/butlerperformativity.html

https://revista.reflexionesmarginales.com/butler-corpos-que-importam-ou-sobre-a-pergunta-pela-materialidade-do-corpo/

https://www.youtube.com/watch?v=TyIAeedhKgc

https://www.youtube.com/watch?v=DMge3Uc9sUs

https://www.youtube.com/watch?v=cozmjJpMakM

https://www.youtube.com/watch?v=paDyCagIvUQ

https://www.youtube.com/watch?v=Bo7o2LYATDc&pp=ugMICgJwdBABGAE%3D

 

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