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ELISABETH DA BOHEMIA 

Nascimento: 26 de dezembro de 1618

Falecimento: 08 de fevereiro de 1680

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  Roberto Soares da Cruz Hastenreiter

Graduando em Filosofia, UFRJ

Portrait of Elisabeth of Bohemia - The British Museum. n.d.

Crispijn van Queborn

Nome da filósofa: Elisabeth da Bohemia

Variações no nome: Elisabeth von der Pfalz; Elisabeth von Herford; Princess of The Palatinate; Elisabeth Simmern Van Pallandt; Princesa do Palatinato e Abadessa de Herford.

Local e data de nascimento: Heidelberg, em 26 de dezembro de 1618

Local e data da morte: Herford, em 08 de fevereiro de 1680.

1-Vida e Formação

 

Elisabeth nasceu em 26 de dezembro de 1618 na cidade de Heidelberg. Filha mais velha e a terceira dos treze irmãos, recebeu formação característica da alta nobreza, e se destacou entre seus irmãos, demonstrando interesse em ciências e na filosofia grega clássica, o que lhe rendera o “título” de “a grega”. Filha de Frederico V (1596-1632) e da Princesa Elizabeth Stuart (1596-1662), Elisabeth nasce em uma família com poder e ligações com a realeza protestante em toda a Europa. Por parte de mãe  era neta do rei James I da Inglaterra e VI da Escócia, e da princesa Anne da Dinamarca. Do lado de seu pai, ela era neta de Louise Juliana de Orange-Nassau (1576-1644), e prima do “Grande Eleitor” (der Große Kurfürst) Frederick William de Brandemburgo-Prússia.

Em 1619, seu pai assumiu a coroa do Reino da Boêmia, o que justifica o título de Elisabeth como princesa da Boêmia. Contudo,  o reinado de Frederico V não durou muito tempo. A derrota na batalha da Montanha Branca (White Mountain em 8 de Novembro de 1620) lhe custou o reino da Boêmia, pouco mais de um ano após a sua coroação, o que lhe rendeu o apelido de “Rei de Inverno”. Tudo isso resultou em desdobramentos negativos, tanto para sua família quanto para o centro e o norte da  Europa. Afinal, os eventos que resultaram em sua queda culminaram na Guerra dos Trinta Anos. Após  a referida batalha, além do reinado da Boêmia, o pai de Elisabeth perdeu território do Palatinado, e com isso teve de se refugiar na Holanda, juntamente com a sua família.

Elisabeth cresceu no exílio, ficando primeiro com a irmã de seu pai, Elisabeth Charlotte (1597–1660), Eleitora de Brandemburgo, e eventualmente passava tempo junto à sua família em Haia. Apesar de todos os infortúnios que levaram Elisabeth ao exílio, o período em Haia lhe proporcionara um ambiente estável e favorável   à sua educação. Esse ambiente contribuiu para sua educação e seu desenvolvimento intelectual. Uma educação voltada para a alta nobreza, os contatos da corte de sua mãe em Haia, assim como o contato com a corte de seu tio-avô, Frederico Henrique, Príncipe de Orange (1584-1647), criaram um contexto plenamente favorável ao seu crescimento, e ao intercâmbio intelectual.

Contudo, durante o período de exilio na Holanda, sua família  sofreu novos infortúnios. Em 1629, o irmão mais velho de Elisabeth morre vítima de um    naufrágio. Três anos depois, em 1632, seu pai morre vítima de uma doença grave. Em 1642 , com início da guerra civil nas Ilhas Britânicas, a situação econômica da família se agrava. Em 1646, devido ao envolvimento de seu irmão Philip (1627-1650) na morte do nobre francês Jacques d’Espinay, a estada de Elisabeth em Haia   foi interrompida. O incidente com o seu irmão levou Elisabeth de volta a Brandenburg para morar com sua tia, Elisabeth Charlotte,  com quem havia passado os primeiros anos de sua infância. Se, por um lado, Elisabeth encontrara um clima acolhedor no convívio com a sua tia Charlotte, por outro lado, ela não possuía mais o estimulante clima intelectual de Haia. Não obstante, como seu irmão Charles Louis (Karl Ludwig) havia sido restaurado como governante do Baixo Palatinado em 1649, em 1651 ela retorna a Heidelberg. Uma perspectiva de uma moradia estável e o restabelecimento de relações intelectuais duraram pouco tempo, tendo em vista o afastamento de seu irmão da posição de governante por conta do divórcio, e posterior novo casamento.

 

Em 1661, com o apoio de seu primo Frederico Guilherme de Brandemburgo, Elisabeth é eleita coadjutora da Abadia de Herford, onde mais tarde se tornou Abadessa, função que desempenharia até a sua morte em 1680. Como Abadessa, Elisabeth teve grande papel político, atuou defendendo minorias religiosas tomadas como alvo das intolerâncias clericais da época, como Quakers e Labadistas.

2-Obra

2.1- Interesses e Interlocuções

Não há obra publicada porl Elisabeth, seu legado filosófico está nas cartas trocadas com Descartes de 1643 até final de 1649, meses antes morte do filósofo francês em 1650, e na história do círculo intelectual de Haia. É, portanto, na troca epistolar com Descartes que é possível reconhecer uma expressão filosófica própria. Eles também se encontraram regularmente no período de 1643 a 1646, quando Elisabeth teve que deixar Haia. O conjunto de correspondências trocadas com Descartes se apresenta como material que fornece uma visão da vida intelectual de Elisabeth. Além de outras correspondências, trabalhos acadêmicos foram posteriormente dedicados à vida da princesa da Bohemia, os quais permitem que tenhamos conhecimento de seu repertório de interesses intelectuais nas áreas da filosofia natural, ética prática, filosofia política e matemática, e seu destaque como uma mulher instruída. As referidas correspondências tiveram como destinatários filósofos, políticos, líderes religiosos, e familiares. Durante sua estada em Haia, Elisabeth teve contato com intelectuais de várias áreas do conhecimento.

Algumas de suas correspondências da época atestam sua formação e interesses intelectuais, apontando assim para uma formação sólida em diversas áreas do conhecimento. Na área da filosofia natural, por exemplo, destacam-se as correspondências com o diplomata, poeta e compositor Constantijn Huygens (1596-1687), que, mesmo após Elisabeth ter deixado Haia, continuou se correspondendo com ela, compartilhando publicações da época a respeito de vários assuntos científicos. No campo da filosofia, ela também teve contato com o filósofo e tradutor francês Samuel Sorbière (1615-1670), amigo e tradutor de Thomas Hobbes. Um destaque é dado à correspondência de Elisabeth com Sorbière por  dicutir com ela as Meditações sobre Filosofia Primeira de Descartes. Destaque também para dois filósofos correspondentes de Elisabeth nos seus últimos anos, Nicolas Malebranche (1638-1715) e Gottfried Wilhelm Leibniz (1646 – 1716).

Elisabeth também tem sua reputação intelectual reconhecida por meio das dedicatórias de livros a ela. Edward Reynolds (1599–1676), um clérigo inglês, dedicou seu Tratado sobre a paixões e faculdades da alma do homem (Londres 1640) para ela. Elisabeth recebe dedicatória de Faces Augustae (1643), do poeta holandês Jacob Cats (1577-1660), e do teólogo, filósofo e poeta Caspar Barlaeus (1584–1648), cuja dedicatória contém uma gravura de retrato de Elisabeth por Crispijn van den Queborn com uma inscrição de Barlaeus.

2.2- Contribuições e questionamentos à Metafísica Cartesiana: o problema do dualismo corpo e alma na compreensão das ações voluntárias

 

Conforme apontado no início do texto, o aspecto mais destacado no que se pode considerar como legado filosófico de Elisabeth corresponde à sua crítica, frente a argumentos contundentes, ao relato de Descartes sobre a interação corpo e alma, em sua análise metafísica.

As primeiras cartas trocadas com Descartes parecem indicar um teor terapêutico, em que Elisabeth o trata como um médico de sua alma. É, portanto, desde o princípio que a obra epistolar apresenta suas indagações a respeito da relação corpo-alma, sobretudo a contradição existente no sistema cartesiano, segundo ela, para estabelecer, ao mesmo tempo, a impossibilidade teórica presente nas Primeiras Meditações de uma ação da alma (de natureza imaterial) no corpo (ente detentor de extensão, e de natureza material), e a perspectiva, presente fundamentalmente na Sexta Meditação, em que Descartes afirma a união  entre alma e corpo no ser humano. De fato, Elisabeth aponta para o problema do dualismo substancial cartesiano a partir da interação entre alma e corpo. Em suas palavras, “os sentidos me mostram que a alma move o corpo, mas que não me ensinam (como tão-pouco o entendimento e a imaginação) o modo como ela o faz. E, para isso, penso que há propriedades da alma, que nos são desconhecidas (...)”.(Elisabeth a Descartes, 1 de julho 1643, CARDOSO E FERREIRA, 2001, p.39).

   

Tendo em vista a dimensão terapêutica de suas correspondências iniciais, Elisabeth não está apenas interessada na interação entre o corpo e a alma do ponto de vista metafísico, ela deseja aprender a ter controle de suas paixões que debilitam seu corpo. Em uma de suas correspondências com Descartes, Elisabeth confessa a seu interlocutor, “asseguro-vos que os médicos, que me viram todos os dias e examinaram todos os sintomas do meu mal, não encontraram a causa respectiva nem prescreveram tão salutares como fizeste de longe. (...) tendes a bondade de me querer curar o corpo com a alma.”  (Elisabeth a Descartes, 24 de maio 1645, CARDOSO E FERREIRA, 2001, p.58). Vale lembrar o contexto conturbado vivido por ela e por sua família na época. Ela busca sanidade para enfrentar os desafios daquilo que ela denomina de “vida civil”.

Parece evidente que as correspondências com Elisabeth influenciaram os escritos posteriores de Descartes, com destaque para a sua obra As paixões da alma, onde o filósofo francês parece retomar os questionamentos de Elisabeth na tentativa de superar suas críticas e apontar de certa forma soluções para a relação entre o corpo e a alma.

Após sua saudação ao interlocutor, a primeira carta endereçada a Descartes tem por questão central: “como é que a alma do homem (sendo uma mera substância pensante) pode determinar os espíritos  do corpo a fazer as ações voluntárias”? (Elisabeth a Descartes, 6-16 de maio 1643, CARDOSO E FERREIRA, 2001, p.29-30). Segundo Lisa Shapiro, Elisabeth é a primeira leitora de Descartes a colocar a questão do dualismo substancial presente na metafísica de Descartes. Para a autora, as cartas de Elisabeth se caracterizam de fato como um trabalho filosófico.

 

2.3- Elisabeth mulher filósofa

É bem verdade que as cartas de Elisabeth não foram tomadas à época como fonte de produção intelectual ou mesmo como texto filosófico. Contudo, ainda no século XVII, Adrien Baillet escreveu a Vie de Monsieur Descartes, livro publicado em 1691, onde ele sugere que Elisabeth seria a “primeira discípula” de filósofo francês, além de destacar que ela deveria ser considerada como “a chefe das cartesianas”, devido a sua genialidade. É importante ressaltar que a questão de seu gênero fora apontada por Baillet, uma vez que a caracterização do feminino parece tomar posição de destaque na classificação de “chefe das cartesianas”. Aqui se apresenta como muito pertinente o questionamento de Marie-Frédérique Pellegrin a respeito do porquê de Baillet enfatizar, na referida expressão, o gênero feminino. Afinal, uma mulher só poderia ser líder de outras mulheres? (PELLEGRIN, 2014, p.53).

 

A recuperação e análise das correspondências entre Elisabeth e Descartes, além do teor filosófico dos textos, que coloca sob júdice reflexões a respeito da validade de textos epistolares como textos filosóficos, dá ênfase à capacidade intelectual de Elisabeth em um diálogo que provoca reformulações, ou ao menos a reestruturação da apresentação da relação corpo e alma na metafísica cartesiana. De fato, a obra de Descartes As paixões da alma, tratado escrito em 1649, e dedicado a Elisabeth, contribuiu largamente para a teorização das paixões. Contudo, a recuperação das cartas revela as dificuldades de reconhecer mulheres como filósofas na História da Filosofia. Pellegrin(2014), destaca também a dificuldade de definir o que é uma mulher filósofa. Baillet chama Elisabeth de discípula e filósofa: “(...) pela insistência de seus amigos para que ele publicasse [o tratado sobre as Paixões da alma], Descartes resolveu rever o texto e consertar os problemas que havia observado a Princesa filósofa sua discípula.” (BAILLET apud PELLEGRIN, 2014, p.48).

A correspondência entre Elisabeth e Descartes parece evidenciar algumas características ligadas à virtude da mulher que não se inicia na modernidade. Desde a Antiguidade, a virtude feminina está vinculada à moderação, onde se destacam a castidade, a permanência e cuidados com a casa, a obediência e o cuidado do marido, virtudes essas sempre estabelecidas sob o olhar e a pena masculina. Já as virtudes do homem estão sempre ligadas à guerra e à política. Da mesma forma, a identidade cultural da mulher do século XVII está ligada à moderação, onde a discrição, a modéstia, a castidade, a paciência são características do que se espera dessa mulher. Ou seja, por um lado, a identidade masculina requer dinamismo; por outro lado, o que se espera de uma mulher nesse contexto são posturas ligadas à passividade.

 

Isto posto, é possível perceber que Elisabeth frequentemente, ao apresentar seus questionamentos, inicie com pedidos de desculpas, colocando em destaque sua ignorância, estupidez, o que em princípio poderia ser entendido como um excesso de polidez, porém  essa postura de auto-humilhação é um lugar comum no tratamento entre pessoas,  ligada à diferença de gênero (feminino e masculino). Já na primeira carta enviada a Descartes, Elisabeth escreve “[...] senti-me igualmente tocada pela caridade de quererdes comunicar com uma pessoa ignorante indócil e pela infelicidade que me furtou a uma conversação tão proveitosa.” (Elisabeth a Descartes, 6/16 de maio 1643, CARDOSO E FERREIRA, 2001, p.29).

Ainda assim, Elisabeth não se furtava na sua indagação, apontando contradições e dificuldades na compreensão da proposição cartesiana a respeito da ação da alma sobre o corpo, tendo em vista a imaterialidade da alma  conforme declara: “E, porque nenhuma causa material se apresentava aos sentidos, ter-se-ia atribuído ao seu contrário, o imaterial, o que todavia nunca pude conceber senão como uma negação da matéria (...). E confesso que seria mais fácil conceder matéria e extensão à  alma do que a capacidade de mover um corpo e ser movido por ele a um ser imaterial.” (Elisabeth a Descartes, 10/20 de junho 1643, CARDOSO E FERREIRA, 2001, p.35).

É importante destacar que Descartes tinha como interlocutora uma princesa e que, apesar de ser uma mulher, havia um apelo à hierarquia, tendo em vista a posição de nobreza de Elisabeth. Talvez isso tenha tornado sua relação, sob  algumas perspectivas, mais horizontal, porém insuficiente para que Elisabeth se colocasse como interlocutora cujas objeções pudessem ser lidas menos como meras indagações, e mais sob um aspecto autoral. Portanto, a releitura dessa obra epistolar deve levar em conta as referidas tensões históricas, culturais e contextuais, para extrair de fato as contribuições de Elisabeth que a colocam em uma posição de produção autoral, dando a ela o “título” de mulher filósofa.

 

3-Importância da Filósofa

 

Pode-se destacar a importância de Elisabeth da Bohêmia sob alguns aspectos que trazem contribuições no campo da metafísica, da política, e de discussões sobre gênero. Como já foi mencionado acima, Elisabeth da Bohêmia é conhecida por suas trocas de correspondência com Descartes que datam de 1643 a 1649. Entre os estudiosos do cartesianismo, a filósofa da Bohêmia é conhecida por suas contundentes objeções ao dualismo da metafísica cartesiana.

De fato, o que chega até nós a respeito da produção de Elisabeth são as cartas trocadas com Descartes, sobretudo aquelas sob a posse do filósofo francês. Aliás, há evidências de que Elisabeth não autorizou a publicação das cartas. Isso faz com que não tenhamos obras filosóficas autorais, ao menos no sentido em que normalmente compreendemos esse adjetivo. O exercício  de reler as cartas enviadas por Elisabeth, com a indagação se esses escritos (ou até mesmo     esse gênero de escrita) podem ser considerados como textos filosóficos, é um exercício importante e tomado em esforços semelhantes ao de reconhecimento de mulheres filósofas ao longo da história da filosofia.

Inicialmente, pode-se atribuir uma dimensão terapêutica às suas cartas trocadas com Descartes. Contudo, os questionamentos apresentados por ela, apesar de levar em conta o caso particular de sua vida e de seu estado de sofrimento, colocam em xeque o dualismo cartesiano (alma e corpo). Ao pedir a Descartes uma definição de alma mais específica, ela parece apresentar uma objeção à metafisica cartesiana, segundo a qual ele (des)consideraria singularidade da experiência. “Por isso, peço-vos uma definição da alma mais particular do que na vossa Metafísica, ou seja, da sua substância, separada da sua ação, do pensamento. Pois, ainda que os suponhamos inseparáveis ( o que é no entanto dificil de provar no ventre da mãe e nos grandes desfalecimentos) (...).”. Essa postura empirista, e fortemente fundada e respaldada por outros filósofos da época, parece reforçar a defesa do teor filosófico de suas cartas. Apontamos, no entanto, ser fundamental considerar a relação entre Elisabeth e Descartes como terapêutica, uma vez que ela dispõe sua vida como material para as discussões estabelecidas com ele. Esse material se apresenta com potencialidade de desdobramentos referentes às reflexões de conceitos metafísicos do cartesianismo, de questões associadas ao gênero feminino, de ações políticas, de relações sócio-históricas objetivas que impactam diretamente nas condições práticas de se fazer filosofia. Uma das grandes contribuições de Elisabeth à filosofia é o que chamamos de filosofia em ato.

4-Referências Bibliográficas

 

  1. Obras da autora em português e em idioma original.

 

BEYSSADE, Jean-Marie.; BEYSSADE, Michelle. Correspondance Avec Élisabeth et Autres Lettres René Descartes. Edité par Garnier Flammarion, Paris, 1989.

 

CARDOSO, Adelino e FERREIRA, Maria Luísa (orgs.). Medicina dos afetos. Correspondência entre Descartes e a Princesa Elisabeth da Boêmia. Oeiras: Celta Editora, 2001.

 

DESCARTES, René. Correspondência entre Descartes e a princesa Elisabete: cartas sobre a união substancial. Revista Discurso, São Paulo, volume 47, número 2, pp. 193- 203, 2017. DOI: https://doi.org/10.11606/issn.2318-8863.discurso.2017.141440

 

ELIZABETH, Countess Palatine. The Correspondence between Princess Elisabeth of Bohemia and René Descartes. Editado e traduzido por Lisa Shapiro. Chicago; London: The University of Chicago Press, 2007.

B.Obras sobre a filósofa

 

BAH OSTROWIECKI, Hélène. Ignorante et indocile : Élisabeth dans ses lettres à Descartes », In: Autoportraits, autofictions de femmes à l’époque moderne. Savoirs et fabrique d’identité. Paris, Classiques Garnier, p. 97-112, 2018.

 

BAH OSTROWIECKI, Hélène. Visibilité de la pensée philosophique et invisibilité de l’action politique : Élisabeth de Bohême dans la correspondance avec Descartes. In : Femmes à l’oeuvre dans la construction des savoirs : Paradoxes de la visibilité et de l’invisibilité [en ligne]. Champs sur Marne : LISAA éditeur, 2020 (généré le 19 septembre 2020). Disponível em: <http://books.openedition.org/lisaa/1217>. ISBN : 9782956648062.

 

COELHO, Rafael Teruel. Filosofar no feminino: a primeira carta de Elisabeth da Boêmia a René Descartes (16 de maio de 1643). Instauratio Magna - Revista do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da Universidade Federal do ABC. v. 1, n. 2 (2021) • ISSN: 2763-7689.

 

COELHO, Rafael Teruel. Descartes através de Elisabeth: uma investigação acerca da metafísica cartesiana à luz das cartas sobre a união substancial. Orientadora Tessa Moura Lacerda - São Paulo, 2021. 268 f. Dissertação (Mestrado)- Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo.

 

EBBERSMEYER, Sabrina. Bohemia, Elisabeth of. Entry, In: D. Jalobeanu, C.T.Wolfe (Eds) Encyclopedia of Early Modern Philosohpy and the Sciences, Springer, 2020. DOI: https://doi.org/10.1007/978-3-319-20791-9_409-1

 

NEEL, Marguerite. Descartes et la princesse Élisabeth, Paris, Elzévir, 1946.

 

PEIXOTO, Katarina Ribeiro. Verbete: Elisabeth da  Boêmia. Blogs de Ciência da Universidade Estadual de Campinas: Mulheres na Filosofia, V. 6 N. 10, 2020.

 

PELLEGRIN, Marie-Frédérique. “Élisabeth, ‘chef des cartésiennes de son sexe’“ in

Pellegrin, M.F. et kolesnik-antoine, D. (dir.), Élisabeth de Bohême face à Descartes

: deux philosophes?. Paris : Vrin, p.45-61, 2014.

 

RAMOS, Carmel. Conservar a vida e não temer a morte: filosofia prática na correspondência entre Descartes e Elisabeth. Dissertação (Mestrado), Programa de Pós-Graduação Lógica e Metafísica, Instituto de Filosofia e Ciências Sociais, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, RJ, 2017. Recuperado de: https://ppglm.files.wordpress.com/2008/12/dissertac3a7c3a3o-carmel-ramos.pdf.

Acesso em: 31/07/2022.

 

SCHMALTZ, Tad. Princess Elisabeth of Bohemia on the Cartesian Mind: Interaction, Happiness, Freedom. O’Neill, e. Lascano, M. (eds). Feminist History of Philosophy: The Recovery and Evaluation of Women's Philosophical Thought. Dordrecht: Springer, pp. 155-173, 2019.

 

SHAPIRO, Lisa. Princess Elizabeth and Descartes: the union of soul and body and the practice of philosophy. British Journal for the History of Philosophy, volume 7, número 3, p. 503-20, 1999. DOI: https://doi.org/10.1080/09608789908571042.

SHAPIRO, Lisa. Introduction. In: ELISABE TH, Countess Palatine. The Correspondence between Princess Elisabeth of Bohemia and René Descartes. Editado e traduzido por Lisa Shapiro. Chicago; London: The University of Chicago Press, pp. 1-51, 2007

 

SIBONY-MALPERTU, Yaëlle. Une liaison philosophique. Du thérapeutique entre Descartes et la princesse Élisabeth de Bohême, Paris, Stock,2012.

 

SOARES, Alexandre Guimarães Tadeu de. A emergência da terceira noção primitiva na correspondência com Elisabeth. Modernos e contemporâneos, Revista de Filosofia do IFCH, volume 1, número 2, p. 130-46, 2017.

 

TOLLEFSEN, Deborah. Princess Elisabeth and the Problem of Mind-Body Interaction. Hypatia, volume 14, número 3, p. 59-77, 1999. DOI: https://doi.org/10.1111/j.1527- 2001.1999.tb01052.x

 

Links:

 

https://www.blogs.unicamp.br/mulheresnafilosofia/elisabeth-da-bohemia/

 

 

http://projectvox.org/princess-elisabeth-1618-1680/

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