GT FILOSOFIA E GÊNERO
MARGUERITE PORETE
Nascimento: segunda metade do século XIII
Morte: 01 de junho de 1310
Raul Flores da Fonseca
Graduando em Filosofia, UFRJ
Manuscrito da obra O Espelho das Almas Simples, de Marguerite Porete
Fonte: Wikipédia
INFORMAÇÕES BÁSICAS
Marguerite[1] Porete, Marguerite de Hainaut, ou Marguerite de Hannonia, nasceu na segunda metade do século XIII, provavelmente oriunda do condado de Hainaut, província no atual território da Bélgica, e falecida em 01/06/1310, em Paris, França. Não há notícia histórica de seus laços familiares e afetivos, mas teria sido francófona, pertencente à classe social simples em devoção, apesar de erudita, com atividade voltada à caridade e cuidados dos doentes e dos pobres. Foi vista como uma livre pensadora do misticismo cristão, sendo considerada como a líder das Beguinas. Relaciona-se às posições de Meister Eckhart, foi influenciada por Santo Agostinho, Boécio, Ricardo de São Vítor, Jean de Meun, William de São Thierry e Bernardo de Clairvaux, assim como influenciou a Heresia do Espírito Livre.
VIDA
Sobre a vida de Marguerite Porete, apresentam-se informações históricas muito imprecisas, e baseadas em estimativas. O meio de reconstrução de sua identidade começa a partir de seu processo de Inquisição, que indica os pontos principais de seus últimos episódios em vida. Especula-se que viveu durante a metade do século XIII e início do século XIV, vivendo no Condado de Hainaut, provável Valenciennes, fronteira entre França e Bélgica, às margens do rio Reno, na época pertencente aos domínios do Sacro Império Romano. Estima-se seu ano de nascimento em 1250. Os registros de seu processo inquisitorial indicam sua execução na fogueira em 01/06/1310, em Paris, na Praça de Grève, atualmente praça de l'Hôtel-de-Ville, histórico local de execuções e suplícios públicos.
Os aspectos gerais do suposto modo de vida de Marguerite Porete são baseados na assunção de ter sido uma beguina. Esta identificação é sugerida pelo trabalho de François de Belleforest, Les grandes annales et histoire générale de France (1579) e de Henry de Sponde, Annales Ecclesiastici (1641), que na época resgataram a história de Marguerite, esquecida desde 1310, utilizando-se da conotação negativa ao significado de beguinato. Todavia, documentos primários que referenciam Marguerite não citam qualquer relação da pensadora com o termo “beguina”, restando improvável sua caracterização como líder deste movimento. A controvérsia pode levar a crer que, em vez de ser considerada uma beguina francesa, sua caracterização mais fiel poderia ser a de que era de uma mulher holandesa beata.
Belleforest enquadrou a memória de Porete como uma beguina herege, pelo modo como a Igreja Católica na França insurgiu-se contra os movimentos hereges, para preservar sua integridade dogmática, no contexto do Concílio de Viena de 1311. O Concílio, realizado um ano após sua execução, teve a heresia como um de seus temas principais. O cânone condenatório endereçava-se à conduta beguina presente no Reino da Alemanha, e seis dos vinte e um teólogos parisienses que julgaram a obra de Marguerite também tiveram participação neste Concílio, que ocorreu um ano após a sua morte.
Todavia, a identificação de Marguerite como beguina, por parte de Belleforest, teve por base o relato de cronistas durante o processo Inquisitório de Porete sobre a apropriação de suas teses, e a relação das teses condenadas no referido Concílio. Sem haver notícias de que o autor tivera acesso à obra de Marguerite, assim como a falta de referência nos cânones do Concílio que condenou o beguinato, ainda é incerto, não apenas como se deu o enquadramento de Marguerite como um beguina, ou o que levou os autores a tomarem esta consideração.
Mas tradicionalmente, beguinas eram mulheres abnegadas, católicas e leigas, que conduziam sua vida de modo humilde, similar à conduta monástica, sem adesão a uma ordenação católica. Dedicavam-se a cuidar dos enfermos, pobres e necessitados, realizando tarefas envolvendo a caridade, sem adesão a votos públicos ou regras da clausura. Eram livres para abandonar esse modo de vida, mas mesmo assim se conformavam em voto de pobreza numa prática de vida ascética em coletividade.
As beguinas originalmente surgiram no começo do século XII, dedicadas à devoção, vivendo na periferia das cidades, exercendo a caridade à população pobre. Com o adensamento, as reuniões de devotas passaram a se configurar como um beguinário, formações sociais vistas na Holanda, Bélgica, Alemanha e França. Inicialmente as beguinagens foram toleradas pela Igreja, e em certos aspectos incentivadas, e as mulheres integrantes, além do apoio social, também viviam do próprio trabalho, como tecelagem, bordado, costura, cuidados com crianças e idosos.
A região de vida de Marguerite foi vista como propícia à implantação e acolhida das beguinas. Havia o amparo do bispado local no século XIII, assim como os senhorios locais também se quedavam simpatizantes e sensíveis ao movimento, e as aceitavam mais que as ordens oficiais católicas mendicantes. Marguerite expõe certa incompreensão do beguinato corrente em sua obra. Este fato sugere que Marguerite vivia relativamente apartada da maioria do grupo beguinal no qual se inseria geograficamente. Especula-se que ou vivia só, ou numa casa com uma ou duas outras viventes beguinas, situada numa vila, afastada e com certa vulnerabilidade social. Com maior isolamento, seria evidente a posição de mais liberdade dos laços familiares, ou conjugais, e também independência religiosa e dogmática. Por mais que pudesse ter origem urbana, proveniente de uma burguesia mercante, ou artesanal, a conduta de vida era pautada ao mínimo, em voto de pobreza.
OBRA
Marguerite Porete é identificada como autora da obra O Espelho das Almas Simples e Aniquiladas e que Permanecem Somente na Vontade e no Desejo do Amor, que lida com a questão do amor Divino. Esta obra é reconhecida como o primeiro texto místico conhecido escrito em francês, ou seja, em língua vernacular, algo que não se procedia em sua época. Este formato editorial foi visto como um dos motivos de sua condenação perante o seu processo de Inquisição, já que permitia a difusão de posições heréticas, produzidas por uma mulher e leiga, em linguagem popular e acessível. Ou seja: um discurso sobre Deus, em linguagem acessível, produzido por uma mulher leiga, que trazia uma teologia dogmática com fundamento místico, uma espécie de filosofia especulativa própria da mística vivida às margens do rio Reno.
É interessante pontuar, primeiro, que “espelho” foi um gênero literário da mística, e não uma nomenclatura de textos sem um significado definido. Este gênero literário foi inaugurado por Santo Agostinho, com seu Speculum Quis Ignorat. Esse tipo de obra convidava o leitor, ou ouvinte, ao autoexame, como se visse num espelho. Tratava-se de obras com orientações morais, que serviam como referências para uma avaliação de sua medida dos bons costumes, ensejando uma reflexão sobre quais condutas ainda se mantinham falhas, e quais o leitor já atendia em plena satisfação. Os textos traziam ensinamentos com o objetivo principal de elevação da vida moral e espiritual daquele que buscava a realização completa de sua fé. Este gênero literário subdividia-se internamente, e a obra de Marguerite se insere no grupo dos espelhos normativos, pertencentes à tradição cristã.
A IDENTIFICAÇÃO DA AUTORIA DA OBRA
Marguerite tem identificada até o momento a publicação de apenas esta obra, que sobreviveu à história como anônima, até que, em 1946, por descoberta da pesquisadora Romana Guarnieri, sua autoria fora identificada. A realização dessa pesquisa decorreu no levantamento de informações sobre o Movimento do Espírito Livre, que fora condenado como heresia no Concílio de Viena de 1311.
Após a condenação e execução de Porete, sua obra foi preservada em diferentes locais como um tratado anônimo. A identificação da obra foi possível pela transcrição das teses condenadas de Marguerite Porete, registradas em seu processo inquisitorial. A versão mais antiga conhecida é um manuscrito, com versão original em médio-francês, identificada como a versão de Chantilly. Estima-se que esta versão seja proveniente da região de Orléans, e produzida entre 1450 e 1530. Teria pertencido à priora do convento de Madalena de Orléans, que foi um centro de vida religiosa entre 1475 e 1510.
Há uma versão latina do texto, que supõe-se ter sido feita para compor o seu processo de inquisição. Esta versão é de responsabilidade de Paul Verdeyen, S.J., que tem como referência quatro manuscritos completos conservados na Biblioteca Apostólica Vaticana. Além dos seis exemplares, há referências ao manuscrito de Oxford, que se restringe apenas a fragmentos e parte da obra. Uma sexta versão latina apresenta-se como tradução de uma versão desconhecida em médio-inglês, presumivelmente datado até 1528. No total, compreende-se o manuscrito de Chantily, em médio-francês, seis manuscritos latinos, três manuscritos em médio-inglês, e quatro manuscritos em italiano.
POSIÇÃO FILOSÓFICA DA OBRA
Não ao acaso, as bases filosóficas da obra se apoiam na tradição do neoplatonismo cristão, com referência a Santo Agostinho. Sendo uma Filósofa da segunda metade do séc. XIII, foi parcialmente contemporânea de Tomás de Aquino, falecido em 1274 e influente filosoficamente já em vida, cuja Obra orientou a doutrina teológica da Igreja Católica. A posição de Marguerite possui relevo, pois ao contrapor-se a uma premissa defendida por Tomás, ao mesmo tempo opunha-se ao poder Institucional da região onde vivia. Um dos pontos filosóficos resgatados por Marguerite seria uma questão da concepção platônica do conhecimento, segundo a qual a contemplação, e não a ação de cognição abstrativa, transformaria e assimilaria os objetos contemplados.
Outro ponto interessante da posição filosófica da obra, é a possibilidade do acesso da alma humana à essência de Deus, sem necessidade de uma intervenção Divina, por meio da concessão de Sua graça. Para Tomás de Aquino, o ser humano, mesmo dotado de intelecto, não possui a Sua perfeição, e nem a perfeição angélica: o aparato cognitivo humano não consegue compreender inteiramente as essências das coisas, havendo sempre uma lacuna cognitiva, insuperável, enquanto os anjos, apesar de possuir um conhecimento incompleto, conseguem acessar integralmente as essências que Deus lhes conceda acesso.
Entretanto, Marguerite se opõe a esta doutrina, determinando que a alma humana seria capaz de alcançar sozinha um estado de vida eterno, substituindo o alcance da alma pelo alcance de Deus, paradoxalmente concedendo à alma uma situação de observador capaz de se observar plenamente. Assim, amalgama-se o sujeito e o objeto, em relação estreita e única entre Deus e a alma, o que poderia ser visto como uma futura proposição Quietista, doutrina posterior à época de Marguerite, que também foi condenada por heresia, no século XVII. O acesso à plenitude passaria por um caminho místico, em que a alma renegaria a razão, elemento-chave tomista na primazia e superioridade do homem frente à criação. Porete considera a razão um empecilho à compreensão de Deus e Seu amor, devido à sua atitude lógica e ao modo convencional de apreender a realidade.
Outra conclusão da doutrina apresentada por Porete foi abrir a possibilidade do homem alcançar a perfeição. Esse é um dos pontos mais controversos, vistos como inaceitáveis pela dogmática institucional da Igreja na época. Nas passagens da obra dedicadas a esse tema, o homem, ao refletir-se, consegue compreender sua totalidade, e identificar seus atributos falhos, ou certificar-se de sua perfeição. A alma humana também seria passível de aniquilação, restando apenas associada a Deus através do amor Divino não abdicado, que lhe preenche por completo. Esse estado faz a alma incapaz de pecar, portanto perfeita, visão incompatível com a doutrina moral desenvolvida por Tomás, a não ser pela concessão da Graça Divina.
SILENCIAMENTO DE MARGUERITE
Destaca-se que uma das versões latinas do texto da obra possui a aprovação de três religiosos católicos, na forma de epílogos. Entretanto, mesmo com algum tipo de chancela eclesiástica, houve a condenação da obra por Guy de Colmieu, bispo de Cambrai, que em 1306 queimou a obra em praça pública e proibiu, sob pena de excomunhão, a difusão ou pregação de seu conteúdo. Marguerite teria sido detida em 1308 por Philippe de Marighy, sucessor do primeiro acusador da obra, e enviada a Paris sob acusação de continuar a propagação de suas ideias aos comuns, e também pelo envio de sua obra para o bispo Châlon sur Marne. Deste ponto até sua execução, Marguerite ficou detida em Paris.
Como indicado antes, Marguerite terminou executada na fogueira em 1310, após um processo inquisitorial que tramitou entre 1309 e 1310, dirigido pelo inquisidor geral do reino, o dominicano Guillaume de Paris. Importante destacar que a citação explícita de Porete como parte envolvida no processo existe apenas nas atas de 09/05/1310. Seu processo inquisitório tramitou conjuntamente ao processo inquisitório de Guiard de Cressonessart, apesar de formalmente não se denotar qualquer concurso material. Sugere-se que o segundo inquirido postulou-se como defensor dativo de Marguerite, uma vez que a acusada optou pelo silêncio diante das acusações.
As linhas acusatórias contra Porete tiveram por base artigos extraídos de sua obra, e seu julgamento contou com uma turma de vinte e um mestres em teologia, convocados pelo inquisidor Guilhaume de Paris. O cerne da acusação envolvia quinze artigos questionáveis, apropriados de modo particular pelos julgadores, pois não há informações se o corpo julgador teve acesso direto ao tratado produzido por Porete. A defesa de Guiard, que apresentava posições radicais e extremamente controversas, além de uma apropriação da obra equivocada, somada à opção pelo silêncio, por parte de Porete, culminaram na proibição de sua obra, e sua condenação à execução na fogueira.
Um ano após sua execução, durante o Concílio de Vienne, emitiu-se a ordem de desfazimento do movimento beguinal. O normativo produzido, intitulado Cum de quibusdam mulieribus (Sobre aquelas mulheres), acusava as beguinas de desorientar a população, acusando-as de práticas hereges, afirmando que alguns integrantes do movimento eram guiados por uma “insanidade em particular”. Como penalidades, a conduta beguina foi proibida sob pena de excomunhão, demarcando claramente uma recusa e aversão do poder religioso vigente a exemplos tais como Marguerite Porete, em uma nota velada de censura permanente.
A postura da Igreja foi tomada tendo em mente a ideia de que professavam de modo diverso a fé católica, sendo o normativo visto como uma atitude da Igreja em monopolizar a evolução da dogmática cristã e o julgamento da melhor religiosidade. É possível sugerir que a figura de Marguerite possa ter sido utilizada, em sua execução, como uma mensagem da Igreja de restrição ao pensamento místico, endereçado diretamente contra a heresia. Cabe destacar que, mesmo posteriormente, Belleforest, ao resgatar Porete, reproduz a mesma caracterização pejorativa, tal como indicaram no Cum de quibusdam mulieribus, classificando sua obra e sua pessoa como louca.
RETORNO DO PENSAMENTO DE MARGUERITE
Na segunda metade do século XVI, a sociedade europeia ocidental discursou pela refundação das Igrejas baseadas na história teológica de cada país, permitindo a identificação de Marguerite como figura pública relevante. O resgate das figuras públicas do passado medieval foi necessário, na medida que seus históricos permeavam as tensões religiosas características do período moderno. No contexto geográfico francês, a releitura dos processos inquisitórios sofridos pelos hereges figuraram como paradigma, questionando a figura única na relação reino e religião, com a ascensão do protestantismo redefinindo o ideal de Estado. Desta forma, a história de Marguerite serviu como elemento de transporte da crítica ao modelo de poder, ainda herdado da era medieval. Todavia, tal como o silenciamento de Porete, pode ser especulado que o seu retorno à era moderna pode ter sido apenas uma imagem para denunciar um estado intolerante, sem levar em consideração plena o conteúdo filosófico de seu pensamento.
BIBLIOGRAFIA UTILIZADA NA PESQUISA
DUBOIS, D. C. Transmitting the Memory of a Medieval Heretic: Early Modern French Historians on Marguerite Porete. French Historical Studies, [s. l.], v. 41, n. 4, p. 579–610, 2018. DOI 10.1215/00161071-6953625.
Disponível em: https://search.ebscohost.com/login.aspx?
direct=true&AuthType=ip,shib&db=aph&AN=131995263&site=ehost-live.
Acesso em: 14/06/2022
MARIANI, C. Marguerite Porete, teóloga do século XIII: experiência mística e teologia dogmática em O Espelho das Almas Simples de Marguerite Porete. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo, 2008.
Disponível em: <https://tede2.pucsp.br/handle/handle/2091>
Acesso em: 02/08/2022
OLIVEIRA, L. Marguerite Porete e as Beguinas: a importante participação das mulheres nos movimentos espirituais e políticos da Idade Média. Brasília: 2018.
Disponível em: https://repositorio.unb.br/bitstream/10482/33093/1/
2018 _ Leandro Motta Oliveira.pdf
Acesso em: 02/08/2022
BIBLIOGRAFIA PARA INVESTIGAÇÃO FUTURA
ARNOLD, J. The beguine, the angel, and the inquisitor. The trials of Marguerite Porete and Guiard of Cressonessart. By Sean L. Field. Pp. xi 408. Notre Dame, In: University of Notre Dame Press, 2012. 978 0 268 02892 3. The Journal of Ecclesiastical History, 65(2), 406-407. doi:10.1017/S0022046913001875
FERRANTE, J. Women Writers of the Middle Ages: A Critical Study of Texts from Perpetua (203) to Marguerite Porete (1310). Cambridge-New York: Cambridge University Press, 1984. x 338 pp. Renaissance Quarterly, 39(1), 67-69. doi:10.2307/2861584
CLARK, A. Marguerite Porete et le ‘Miroir des simples âmes’. Perspectives historiques, philosophiques et littérairers. Edited by Sean L. Field, Robert E. Lerner and Sylvain Piron. (Études de Philosophie Médiévale, 102.) Pp. 362. Paris: Librairie Philosophique J. Vrin, 2013. 978 2 7116 2524 6; 0249 7921. The Journal of Ecclesiastical History, 66(2), 419-420. doi:10.1017/S002204691400236X
BROWN, E. A. R. Marguerite Porete, John Baconthorpe, and the Chroniclers of Saint-Denis. Mediaeval Studies, [s. l.], v. 75, p. 307–344, 2013.
Disponível em: https://search.ebscohost.com/login.aspx?
direct=true&AuthType=ip,shib&db=mzh&AN=2014701535&site=ehost-live.
Acesso em: 14/06/2022
KOCHER, Z. The Apothecary’s Mirror of Simple Souls: Circulation and Reception of Marguerite Porete’s Book in Fifteenth-Century France. Modern Philology, [s. l.], v. 111, n. 1, p. 23–47, 2013. DOI 10.1086/671424.
Disponível em: https://search.ebscohost.com/login.aspx?
direct=true&AuthType=ip,shib&db=aph&AN=90127749&site=ehost-live.
Acesso em: 14/06/2022
LACASSAGNE, M. Marguerite Porete. Em: SINNREICH-LEVI, D.; LAURIE, I. S. (Eds.). Literature of the French and Occitan Middle Ages: Eleventh to Fifteenth Centuries. Dictionary of Literary Biography: 208Detroit, MI: Thomson Gale; Gale Cengage; 7Letras, 1999. p. 241–245. ISBN 978-0-7876-3102-4.
Disponível em: https://search.ebscohost.com/login.aspx?
direct=true&AuthType=ip,shib&db=mzh&AN=2005421582&site=ehost-live.
Acesso em: 14/06/2022.
VAN MEENEN, Bernard. La mystique - Nouvelle édition. Bruxelles: Presses de l’Université Saint-Louis, 2001. ISBN : 9782802803331
Disponível em: <http://books.openedition.org/pusl/21003>
DOI : https://doi.org/10.4000/books.pusl.21003.
Acesso em: 14/06/2022.
SWAN, Laura. The wisdom of the beguines: The forgotten story of a medieval women's movement. BlueBridge, 2016.
ARNOLD, Anne. Liebe und tue, was du willst: Eine historische Biografie der Begine Marguerite Porete. Livro sob demanda, 2005.
BRUNN, Emile Zum et. al.. Women mystics in medieval Europe. St. Paul: Paragon House, 1989.
[1] Pode ser necessária a desambiguação com relação a Margherita Boninsegna, companheira de Frei Dolcino. Margherita Boninsegna é citada por Belleforest como Marguerite, e teria vivido na mesma época que Marguerite Porete no norte da Itália. Também foi executada por questões da fé, em 1307.