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  • Entrevista de lançamento: Amor pelo Avesso: de Afrodite a Medusa

    Vencedora do Prêmio Filósofas Doutorado 2020, Cassiana Stephan conversa com Beatriz Sorrentino (UFMT), Inara Zanuzzi (UFRGS) e Izilda Johanson (UNIFESP) com mediação de Vivianne Castilho (UFPR) no lançamento do livro de sua tese premiada. É esta quinta-feira, 15/09, às 19:00hs, no Canal YouTube da Rede Brasileira de Mulheres Filósofas. Venha conhecer a excelência da pesquisa feita por mulheres na filosofia o Brasil! Leia o livro, que está com desconto de pré-lançamento no site da Editora. #redebrasileirademulheresfilosofas #filosofasbrasil #filosofasOrg #premiofilosofas #cassianastephan @amorpeloavesso

  • Podcast: Aspasia de Mileto

    No episódio dessa semana Carolina Araújo e Marta Andrade tem uma conversa interessantíssima sobre Aspásia de Mileto. Aspásia foi uma importante figura da Grécia Antiga conhecida por influenciar grandes nomes do período como Sócrates e Péricles. Vem conhecer um pouco mais de Aspásia com a gente! Ouve esse papo porque ele está imperdível. https://open.spotify.com/episode/1ZHwKvMKDcOsaWqQKyVxMx?si=qx4339yZQqicMitySPwTFg #aspasiademileto #MulheresnaFilosofia

  • A barba não faz o filósofo: mulheres e filosofia na França (1880-1949)

    Confira o livro "A barba não faz o filósofo: mulheres e filosofia na França (1880-1949), disponível em: https://www.cnrseditions.fr/catalogue/philosophie-et-histoire-des-idees/la-barbe-ne-fait-pas-le-philosophe/ "Essa investigação inovadora revela uma parte da história das mulheres nos séculos XIX e XX e traz à luz uma galeria de mulheres filósofas que se afirmam na França apesar dos obstáculos: De Jenny d'Héricourt e Julie Favre a Dina Dreyfus e Simone de Beauvoir, passando por Jeanne Crouzet, Julie Hasdeu, Clémence Royer, Jeanne Baudry, Léontine Zanta, Alice Steriad, Lucy Prenant, Hélène Metzger, Renée Déjean, Yvonne Picard, Simone Weil ou Marguerite Buffard Flavien."

  • Livro: Nietzsche, "o bom europeu". A recepção na Alemanha, na França e na Itália

    É lançada a obra "Nietzsche, 'o bom europeu'. A recepção na Alemanha, na França e na Itália", de Scarlett Marton. Disponível no link a seguir: https://www.editoraunifesp.com.br/produto/nietzsche+o+bom+europeu.aspx "Se, ao preconizar a união europeia, Nietzsche aparece como um visionário, ao buscar uma solução para o mal-estar que se abate sobre o continente, apresenta-se como um pensador que não soube compreender as transformações econômicas, políticas e sociais da sua época. Nesse sentido, os estudos da recepção do pensamento nietzschiano na Alemanha, na Itália e na França, em que pesem os pontos em comum, bem mostram que as cores nacionais continuam presentes de modo muito nítido nos textos publicados acerca das ideias de Nietzsche nesses países. Em suma: a união europeia continua a constituir um desiderato."

  • Verbete Aspásia de Mileto

    Aspásia de Mileto foi uma pensadora grega que viveu por volta de 470 a 400 a. c. As interpretações a respeito de sua origem e biografia são controversas, entre elas, está a de que ela viria de uma importante família de Mileto. Por não ter nascido em Atenas, era considerada uma estrangeira. Entre as identidades atribuídas a ela estão: “mulher estrangeira, professora, educadora, ‘hetaira’, companheira de Péricles, esposa de Lysicles, mãe”. Aspásia foi contemporânea de nomes como Sócrates e Platão, mas está entre aquelas filósofas que foram esquecidas pela história e das quais praticamente não ouvimos falar. Ela frequentava os círculos intelectuais de sua época e ficou conhecida por sua retórica e eloquência. Leia agora mesmo o verbete completo em nosso blog! https://www.blogs.unicamp.br/mulheresnafilosofia/filosofas/aspasia-de-mileto/ #aspasiademileto #MulheresnaFilosofia

  • Entrevista: Marta Andrade sobre Aspasia de Mileto

    Aspásia de Mileto até hoje permanece um mistério. Nascida no século V a.c., pouco se sabe sobre ela, uma vez que, assim como Sócrates, não deixou escrita uma só palavra. Sua fama vem do que outros pensadores escreveram sobre ela. É por isso que todo cuidado é pouco: temos por certo que Aspasia foi uma mulher fascinante e, por isso, é delegada a ela muitas controvérsias e especulações. Ficou curiosa? Na próxima quarta-feira, dia 31 de agosto, nossa editora Carolina Araújo conversa com Marta Andrade, autora do verbete Aspásia de Mileto. Venha ver e ouvir sobre essa mulher que pode ter tido grande influência sobre o grande mestre da filosofia, Sócrates. https://www.youtube.com/watch?v=JCZb58govSg #aspasiademileto #MulheresnaFilosofia

  • Podcast: Madre Castillo

    No episódio dessa semana, Ángela Robelo e Yara Frateschi conversam sobre Francisca Josefa del Castillo. Madre Castillo, uma franciscana colombiana que viveu no séc. XVII e escreveu obras de literatura mística. Nesta entrevista você vai ouvir um pouco sobre a obra de Castillo e o campo da literatura mística feminina. Está demais! Ouça agora mesmo no Castbox ou Spotify. https://open.spotify.com/episode/3bzmXA0pG1y1BioRxHSzB1?si=r032qxYUT4iVW4x05OKjDA

  • Mulheres, Filosofia Moderna, Visões Latino-americanas

    Há algumas semanas foi lançado o livro Latin American Perspectives on Women in the History of Modern Philosophy (em português: Perspectivas latino-americanas sobre mulheres na história da filosofia moderna). O livro é o 13º volume da reputada coleção Women in the History of Philosophy and Science, da editora Springer, que tem um comitê editorial internacional. Ele foi co-editado pelos filósofos e pesquisadores brasileiros Christine Lopes, Katarina Ribeiro Peixoto e Pedro Pricladnitzky. O volume contém uma coletânea com os trabalhos apresentados e discutidos durante a I Conferência Internacional Mulheres na Filosofia Moderna, realizada na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), em junho de 2019. A Conferência, financiada por CAPES, CNPq e UERJ, contou com mais de vinte participantes de oito países, entre as quais algumas das representantes da agenda de pesquisa contemplada neste volume. Esta agenda, que é uma expressão inequívoca dos efeitos da luta feminista na história da filosofia e nas discussões de método sobre historiografia na filosofia, é recente e promissora para a prática filosófica. O fato de que mulheres sempre fizeram filosofia desde a antiguidade não foi contemplado nem registrado de maneira a dignificar as mulheres ao longo da história da filosofia. E o patriarcado tampouco concedeu a essas mulheres as mesmas oportunidades, lugares e posições para o exercício livre de suas potencialidades filosóficas. A tarefa de recuperar o legado dessas figuras é assim muito desafiadora. Por um lado, consiste em interpelar o viés historiográfico e o seu dogmatismo que, por natureza, é antifilosófico (neste caso, a tarefa que nos anima consiste em separar e distinguir aquilo que, na história da filosofia, é registro do viés, daquilo que é conceitual). Por outro lado, o material disponível é precário e raramente sistemático, dadas as circunstâncias a que as mulheres filósofas foram submetidas ao longo da história. A tarefa de reconstrução conceitual anda de par com um olhar etnográfico atento e informado no esforço de dignificação do legado dessas mulheres, em seus desenvolvimentos analíticos, pedagógicos e práticos. O volume contém 12 ensaios inéditos, apresentados em duas partes: “Woman, Voices, History” e “Feminism, Silencing and Colonization”. A primeira contém estudos sobre mulheres que foram silenciadas na historiografia filosófica do início do período moderno e dois ensaios de fôlego sobre implicações feministas no método historiográfico. O texto de abertura é de Sarah Hutton, chamando a atenção para a ampliação das fronteiras dessa busca e dos novos caminhos abertos por ela, no seu trabalho seminal sobre Anne Conway, por Ruth Hagengruber, Lilli Alanen, Eileen O’Neil, Christia Mercer, Lisa Shapiro, entre outras. A esse chamado se seguem exemplares do que pode ser considerado um certo estado da arte da discussão historiográfica tal como feita por pesquisadoras latino-americanas, no pensamento de Oliva Sabuco (1562-1646), Elisabeth da Boêmia (1618-1680), Margaret Cavendish (1627-1675), Anne Conway e Émilie Du Châtelet (1706-1749). Os artigos exploram temas e problemas em filosofia de metafísica da mente e teoria da ação (Lopes, Peixoto, Strok), metafísica e metodologia na fundamentação da explicação científica (Elias, Pricladnitzky, Rodríguez, da Silva) e no resgate dessas figuras silenciadas. Os ensaios orientados para questões de perspectiva em método historiográfico oferecem contribuições seminais, e podem ser lidos como transição para a segunda parte do volume. Trata-se dos artigos sobre o feminismo na tarefa mesma do resgate de uma filósofa feminista avant-la-lettre, Christine de Pizan (1363-1430) (Rieger Schmidt) e do possível enquadramento metodológico da metafísica spinozista para a leitura da metafísica de Conway, que usa analogias de gênero ao pensar os movimentos da matéria. Na segunda parte, dois exercícios de reconstrução e interpretação são propostos, tanto com inspiração em Sophie Charlotte (1668-1705) (por Moura Lacerda), a partir do olhar da lente da filosofia feminista contemporânea como em Rosa Egipcíaca e Estamira (Pinheiro & Lemos), duas mulheres negras, brasileiras, marcadas pela inquisição, pelo colonialismo, pelo racismo e pela misoginia e os massacres correlatos. O livro é o primeiro editado por brasileiras e brasileiro dessa prestigiada coleção de editora de reputação acadêmica internacional, que abriga a coleção de que este volume é parte. Não e trata, assim, de um evento editorial corriqueiro. A Conferência e as pesquisas que deram origem à Conferência de 2019 e aos seus frutos mobilizaram um esforço que requereu muitas vezes virtudes intelectuais em acepção estrita: a confiança, a lealdade, a amizade, o compromisso com uma agenda de pesquisa historiográfica em um momento histórico de conflagração, a generosidade de professores, colegas e pesquisadoras de várias partes do mundo. O resultado é um trabalho filosófico e coletivo, entre diferentes perspectivas de historiografia, compromissado com a agenda de recuperação das mulheres na história do pensamento e suas implicações para a prática filosófica. Levar adiante esse projeto, no momento em que atravessamos (e sob uma pandemia que teve no atual governo brasileiro um aliado), sem financiamento quase nenhum, exigiu de nós, muitas vezes, o que não tínhamos em mãos, mas no pensamento, no compromisso filosófico e profissional. Venha conversar com os editores dessa coletânea fundamental para a reescrita da história da filosofia. Gisele Secco (UFSM) guia o bate-papo de apresentação do livro. 25 de agosto 13:30 YouTube da Rede Brasileira de Mulheres Filósofas

  • Live de lançamento de “As outras constelações: uma antologia de filósofas do romantismo alemão”

    Acontecerá na próxima quarta-feira, dia 24/08 às 19h, uma live de lançamento do livro “As outras constelações: uma antologia de filósofas do romantismo alemão”. A transmissão acontecerá no canal no YouTube da Rede Brasileira de Mulheres Filósofas e terá a apresença de Fabiano Lemos (Professor de Filosofia da UERJ), tradutor e organizador do volume, Giorgia Cecchinato (Professora de Filosofia da UFMG) e Carmel Ramos (Professora de Filosofia da UFRJ), autora da orelha do livro. Link para assistir a live: https://youtu.be/NFMrMPEY40g “O livro As outras constelações reúne, pela primeira vez em português, textos escritos por mulheres que participaram da construção e do debate do movimento romântico alemão, na passagem do século XVIII para o XIX. O interesse por esse movimento – que procurou repensar os limites da literatura e da filosofia, associando práticas experimentais de composição textual a conceitualizações inovadoras – tem se ampliado sensivelmente nos últimos anos, mas sempre de modo concentrado em seus escritores homens: Novalis e os irmãos Friedrich e August Schlegel, por exemplo. A tradução anotada de Fabiano Lemos, professor de filosofia da UERJ, para textos de autoras como Caroline Schelling-Schlegel, Sophie Bernhardi, Rahel Varnhagen, Karoline von Günderrode e muitas outras tem por objetivo mostrar em que sentido a escrita romântica foi, também, o lugar de produção de formas de resistência social que conjugam o poético, o filosófico e o político: algo que, de certa maneira, antecipa não apenas as posições de Walter Benjamin e Jacques Derrida, mas encontra reverberações antes insuspeitas em trabalhos de importantes feministas do século XX.” Mais informações sobre o livro no site da editora: https://www.relicarioedicoes.com/livros/as-outras-constelacoes/

  • Verbete: Madre Castillo

    Nosso verbete desta semana traz Ángela Inés Robledo escrevendo sobre Francisca Josefa de la Concepción de Castillo y Guevara. Também conhecida como Madre Castillo, ela foi uma freira que nasceu em Tunja, então Nova Granada, e cresceu sendo incentivada por sua mãe a ler obras piedosas. Durante sua vida, escreveu diversos textos, entre eles composições em prosa, poemas, contos e autobiografia. Mas apenas duas de suas obras foram publicadas: Su vida y Afectos espirituales (Sua vida e Afetos espirituais), onde, inspirada nas histórias sobre a vida dos santos, ela trata, dentre outros temas, da sua vocação para chegar a Deus. E também Afectos o Sentimientos espirituales (Afetos ou Sentimentos espirituais), uma coleção de reflexões sobre a vida religiosa e dos santos. As duas obras tratam a respeito das experiências religiosas e de vida vivenciadas por Castillo e ambas foram publicadas apenas postumamente. Não perca a chance de conhecer essa figura interessante da literatura colombiana. Leia já o verbete na integra: https://www.blogs.unicamp.br/mulheresnafilosofia/filosofas/francisca-josefa-de-la-concepcion-de-castillo-y-guevara/ #FranciscaJosefadelCastillo #MulheresnaFilosofia

  • Chamada para o IV Colóquio Nacional e III Colóquio Internacional de Pesquisa em Filosofia da UFSC

    Está aberto o período de submissão de trabalhos para o IV Colóquio Nacional e III Colóquio Internacional de Pesquisa em Filosofia da UFSC. As submissões começaram no dia 02 de agosto e terminam no dia 04 de setembro de 2022. O objetivo do Colóquio é promover a interação entre pesquisadoras e pesquisadores em Filosofia (e áreas correlatas) de diversas regiões do Brasil, bem como de países diferentes. Além disso, o evento é organizado por estudantes do PPGFIL-UFSC com o apoio dos docentes e da coordenação do programa. Com o tema “Filosofia para além da Filosofia”, a edição deste ano busca explorar as diferentes intersecções existentes entre a Filosofia e outras áreas do conhecimento, pensando, também, as interações possíveis entre o pensamento filosófico e a sociedade na qual ele está inserido. Frisando que a temática é somente uma sugestão, sendo possível aos estudantes a submissão de suas atuais pesquisas realizadas no mestrado, doutorado ou pós-doc. O evento ocorrerá entre os dias 7 a 11 de novembro de 2022, nas modalidades online e presencial. Confira o texto de apresentação e o edital completo no site: https://sites.google.com/view/alemdafilosofia

  • PENSAR A REPRESENTAÇÃO POLÍTICA: um diálogo com Jean-Jacques Rousseau

    Rayane Batista de Araújo (UFRJ) http://lattes.cnpq.br/2813304467462488 baraujorayane@gmail.com Tese de Doutorado Orientador: Daniel Simão Nascimento Data prevista de defesa: 25/07/2023 https://www.camara.leg.br/internet/agencia/infograficos-html5/constituinte/index.html O objetivo da tese é abordar o fenômeno da representação política a partir de um ponto de vista filosófico tendo em vista buscar os seus fundamentos, sua legitimidade e sua normatividade. A principal pergunta que orienta a pesquisa é: o que significa representar e o que significa ser representado politicamente? Nós nos fazemos essas perguntas com o objetivo de definir o que é o direito de representar e o que é o direito de ser representado para que possamos então usar a nossa resposta como parâmetro para julgar a representação política como ela de fato acontece. De início, nós propomos formular o problema da representação política a partir do conceito de função de status de John Searle. Seguindo a teoria de Searle (2003), buscamos pensar a representação política enquanto uma função que estabelece direitos e deveres e que é atribuída (inter)subjetivamente por uma comunidade política como um todo. No entanto, para pensar a questão da representação política nesses termos, nós recorremos não à obra de John Searle, mas sim aos escritos de Jean-Jacques Rousseau. A nossa escolha de interlocutor precisa ser justificada porque não se trata de uma escolha óbvia. Em primeiro lugar porque Rousseau é um autor moderno que antecede o surgimento das democracias representativas e que exclui completamente as mulheres e outras minorias da política. Em segundo lugar porque Rousseau é reconhecidamente um grande crítico da representação. O nosso argumento é o de que, apesar de não comtemplar todas as camadas de significado que o conceito de representação adquiriu ao longo dos anos, apesar de anteceder o surgimento das democracias representativas, e de excluir as mulheres e outras minorias da política e de ser um crítico da representação (especialmente no âmbito da soberania), Rousseau é um autor que, sobretudo em Do contrato social ou princípios do direito político (2020) – originalmente publicado em 1762 –, fabrica ferramentas conceituais que nos permitem medir o grau de legitimidade do exercício do poder dentro de uma comunidade política. Além disso, defendemos que Rousseau contribuiu para a formulação de um sentido de representação democrática de grande importância contemporânea, a saber, o seu sentido substantivo, segundo o qual os representantes só representam politicamente quando avançam políticas públicas que interessam e beneficiam os representados. O nosso objetivo, portanto, não é atualizar a teoria rousseuaniana de representação, nem de salvar nem condenar Rousseau, mas sim de nos servir de seu pensamento para pensar o problema da representação hoje. Em linhas gerais, Rousseau rejeita a possibilidade de representação na esfera da soberania, isto é, no espaço de criação da lei (poder legislativo), porque, uma vez que ele define a soberania enquanto o exercício da vontade geral e uma vez que nenhuma vontade é transmissível ou alienável, segue-se que a soberania não pode ser representada. Porém, apesar da sua crítica à representação na esfera da soberania, há em Rousseau uma defesa da representação na esfera do governo, isto é, no espaço de positividade da lei (poder executivo), defesa esta que nem sempre é lembrada pelos comentadores e, quando lembrada, é normalmente reduzida a uma espécie de mandato imperativo. Nós entendemos, no entanto, que uma tal interpretação dissolve o problema político, tão enfatizado pelo filósofo, da necessária submissão do Governo ao Soberano. De fato, Rousseau aborda o problema de como submeter a vontade do corpo do Governo e também a vontade individual dos governantes à vontade geral no livro III do Contrato Social. Trata-se de um problema fundamental na política porque o governo, não importa o quão bem desenhado institucionalmente, tem o potencial para destruir o Estado por dentro, subvertendo o pacto social. Pois, quando o governo se torna independente da vontade geral e deixa de administrar o Estado segundo as leis, ele transforma a liberdade dos cidadãos fundada pelo pacto de associação em servidão. O nosso argumento na tese é o de que os méritos da concepção de representação de Rousseau são (1) limitar a representação à sua função e (2) nos ajudar a pensar a representação substantiva. Segundo tal concepção, o representante só representa quando as suas ações atualizam os princípios que fundaram o pacto de associação cuja regra geral é a vontade geral. Quando o representante não segue a vontade geral ou, em outras palavras, quando ele não visa o interesse comum ou, ainda, quando o representante enxerga na representação não uma função, mas uma condição privilegiada para fazer valer a sua vontade individual e ou de corpo, ele corrompe os princípios de fundação do corpo político e assim corrói o Estado por dentro. Bibliografia referida: ROUSSEAU, J.-J. Do contrato social ou princípios do direito político. Trad. Ciro Lourenço Borges Jr. e Thiago Vargas. In Escritos sobre a política e as artes. São Paulo: Ubu Editora; Editora UnB, 2020, p. 495-649. SEARLE, J. Social Ontology and Political Power. In SCHMITT, F. Socializing metaphysics: the nature of social reality. Rowman & Littlefield Publishers, Inc., 2003, p. 195-210. .............................................................................................................................................................. A coluna Em Curso divulga as pesquisas de pós-graduandas na filosofia para contribuir para a visibilidade das pesquisas de filósofas no Brasil. Quer publicar a sua pesquisa? Basta preencher o formulário. #redebrasileirademulheresfilosofas#filosofasOrg #emcursofilósofas #filósofasbrasil #mulheresnapesquisaemcurso #rousseau #representaçãopolítica #filosofiapolítica

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