Nosso verbete da semana é sobre Heleieth Saffioti, uma importante socióloga brasileira, filha de mãe costureira e pai marceneiro, que terminou os estudos na tradicional Escola Caetano de Campos, em São Paulo, e ingressou posteriormente no curso de Ciências Sociais da Universidade de São Paulo (USP), o qual concluiu em 1960. Saffioti lecionou por 21 anos na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da hoje Universidade Estadual Paulista (UNESP) de Araraquara. Foi com sua tese de livre docência, intitulada “A mulher na sociedade de classes: mito e realidade" — onde buscou compreender a condição da mulher na sociedade capitalista — que Saffioti marcou as Ciências Sociais no Brasil no que diz respeito aos estudos acerca de gênero. Desde então, escreveu diversas obras. A temática do gênero e da questão das mulheres perpassou toda a sua carreira e escrita e as principais questões tratadas em seus textos são a do trabalho feminino e da violência contra as mulheres. Em seus escritos, ela buscou desenvolver uma teoria imbricacionista que enovele gênero, raça/etnia e classe, bem como busque compreender sua relação com o patriarcado.
Após se aposentar, Saffioti permaneceu lecionando na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo. Em 1995, foi indicada ao Nobel da Paz junto de outras mulheres brasileiras pelo projeto Mil Mulheres.
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