GT FILOSOFIA E GÊNERO
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- Forjar economias de resistência antirracista
"Cuidar da vida exige muita solidariedade, um princípio e uma prática popular dos movimentos sociais. Durante a pandemia, a solidariedade popular se concretiza na auto-organização que identifica as necessidades de cuidado, enfrenta a pobreza e a violência, em ações articuladas por movimentos sociais que estão em luta para interromper o projeto de morte que governa o país." Acesse a coluna completa no site do Brasil de Fato: https://bit.ly/3fLfR0o
- Live no Instagram: Sementes de bruxas - escrita de mulheres que deslocam o eixo da história
Na próxima terça, dia 11 de agosto de 2020, 18h, Juliana de Moraes Monteiro convida Danielle Magalhães para uma conversa no instagram da Rede Brasileira de Mulheres Filósofas sobre a filósofa italiana Silvia Federici. A live abordará o tema do deslocamento das narrativas hegemônicas ocidentais a partir da obra da autora italiana Silvia Federici. Seguindo a proposição endereçada por ela em "Calibã e a bruxa" de que "o mundo precisa de uma sacudida", faremos uma conversa sobre como a domesticação do feminino e a construção do mito da feminilidade na modernidade permanece um processo inseparável do sistema capitalista, que se ergueu com base no apagamento cultural e linguístico da fala e da escrita de mulheres. Conversaremos também sobre o estatuto político da fofoca, tida como uma fala feminina desqualificada, e sobre a poesia contemporânea brasileira escrita por mulheres a fim de questionar as estruturas de exclusão da sociedade contemporânea. Silvia Federici é uma filósofa e militante da tradição feminista marxista autônoma. Foi co-fundadora do International Feminist Collective (Coletivo Internacional Feminista), participou da Wages for Housework Campaign ( Campanha por um salário para o trabalho doméstico). Nos anos 80, foi professora na Universidade de Port Harcourt na Nigéria e atualmente é professora emérita da Univerisade de Hofstra, em Nova York. Juliana de Moraes Monteiro é doutora em Filosofia pela PUC-Rio. Atualmente é bolsista de pós-doutorado Nota 10 da Faperj na UFRJ, sob a supervisão da professora Carla Rodrigues. Danielle Magalhães é doutora em Literatura pela UFRJ e autora do livro de poemas Quando o céu cair ( 7 Letras).
- MINI CURSO: MULHERES E A PÓS-PANDEMIA. SOBRE UM NOVO MUNDO POSSÍVEL
Ementa Frente à falência e ao colapso da sociedade contemporânea, que tomam dimensões de uma crise civilizacional, torna-se urgente a reflexão sobre possíveis modos de reestruturação das sociedades. Em vista disso serão introduzidos dois tópicos fundamentais para discussão: A crítica à medicina moderna sob um olhar feminino e o esboço de uma medicina autoconsciente e; As inovações e contribuições da economia feminista para um mundo melhor e mais justo através da Economia Feminista e do bem viver. Objetivos A covid 19 e sua devastação letal no Brasil e no mundo vem apenas expor a olhos nus uma crise que vinha sendo gestada há muito tempo; o vírus apenas está fazendo explodir estruturas envelhecidas de sociedades exploradoras, predatórias, não inclusivas, patriarcais e obsoletas. O objetivo do curso é debater dois tópicos de grande interesse para se repensar nosso modus vivendi (modo de vida). Ministrantes Profa. Dra. Mariana Paolozzi (UFSC) e Profa. Dra. Rita de Cássia Machado (UEA) Dias: 27 de outubro e 3 de novembro (terças-feira) Horário: 18h às 20:30h Inscrição acesse o formulário: https://forms.gle/zavA4mCQWieGPUUr6 Informações pelo e-mail: mulherespospandemia@gmail.com Nível: básico Inscrição: Estudante: R$35,00 Profissional: R$ 50,00 Realização: As Pensadoras Plataforma: Google Meet. Recomenda-se usar um e-mail do Gmail para acompanhar as aulas. Certificação: 8h pela Escola As Pensadoras AULA 1: Profa. Dra. Mariana Paolozzi Introdução geral ao curso e reflexões sobre as contribuições do ecofeminismo. Referências da aula: ORTEGA, Francisco, GAUDENZI, Paula. O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização. Disponível em: . Acesso em: 28 de maio de 2020. McVEIGH, Karen. Malnutrition leading cause of death and ill health worldwide. Disponível em: . Acesso em: 14 de maio de 2020. BRUM, Eliane. O futuro pós-coronavírus já está em disputa. Disponível em: . Acesso em: 10 de abril de 2020. AULA 2: Profa. Dra. Rita de Cássia Fraga Machado Por uma economia feminista: suas inovações e contribuições a uma sociedade de justiça. Referências da aula: CARRASCO, Cristina: La Economia Feminista: una apuesta por outra economia. In VARA, Maria Jesús (coord.): Estudios sobre genero y economía. Ed. Akal, Madrid, 2006. DANTAS, Isolda. Una economía solidaria con igualdad para las mujeres. In ALAI: America Latina en movimiento nº 430, Quito, março 2008. NOBRE, Miriam. Interação entre a economia feminista e a economia solidária nas experiências de grupos de mulheres. Disponível em BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR BRUM, Eliane. “O futuro pós-coronavírus já está em disputa”. Disponível em: . Acesso em: 10 de abril de 2020. GRECCO, Fabiana Sanches; FURNO, Juliane da Costa; TEIXEIRA, Marilane Oliveira. Dossiê Economia Feminista. Disponível em . ILLICH, Ivan. A expropriação da saúde. Nêmesis da Medicina. Ed.: Nova Fronteira, 1977. MCVEIGH, Karen. “Malnutrition leading cause of death and ill health worldwide”. Disponível em: . Acesso em: 14 de maio de 2020. ORTEGA, Francisco, GAUDENZI, Paula. O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização. Disponível em: . Acesso em: 28 de maio de 2020. FARIA, Nalu; NOBRE, Miriam (Orgs.). Economia Feminista. São Paulo: SOF, 2002. DUFLO, Esther; BANERJEE, Abhijit. “Coronavirus is a crisis for the developing world, but here’s why it needn’t be a catastrophe”. Disponível em: . Acesso em: 28 de agosto de 2020. MELÉ, Joan. “Aposta em bancos éticos” [entrevista]. Disponível em: . Acesso em: 28 de agosto de 2020. QUEM SOMOS: Profa. Dra. Mariana Paolozzi Possui graduação em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP- 1990), mestrado em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP- 1995) e doutorado em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP-2000). Professora Associada da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e coordenadora da área de Filosofia do Núcleo Interdisciplinar de Estudos Medievais (Meridianum) da mesma instituição, atua principalmente nas áreas de Filosofia da Antiguidade Tardia e Filosofia Medieval como suas intersecções com o pensamento contemporâneo. Autora do livro - O movimento da alma. A invenção, por Agostinho, do conceito de vontade -, dedica-se atualmente ao estudo das relações entre Filosofia e Psicologia, e dos conceitos de memória e de inconsciente. Lattes: http://lattes.cnpq.br/6547137274210472 Dra. Rita de cássia Fraga Machado (UEA) Professora Adjunta na Universidade do Estado do Amazonas - UEA. Pós-Doutora pelo Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Bolsista PNPD/CAPES. Doutora em Educação pelo Programa de Pós Graduação em Educação da Universidade Federal do Rio Grande do Sul - UFRGS na linha de pesquisa Trabalho, Movimentos Sociais e Educação. Foi professora substituta entre 2010-2012. Mestre em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Especialista em Metodologia do Ensino de Filosofia pela UNISINOS. É licenciada e Bacharel em Filosofia pela Universidade do Vale do Rio dos Sinos- UNISINOS. Representante na área de ciência humanas e sociais da Câmaras de Assessoramento Científico da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas -FAPEAM. Líder do Grupo de Pesquisa CNPq- Feminismo, Trabalho e Participação Popular e Comunitária. Seus interesses de pesquisa atualmente compreende as problemáticas de Mulheres e Educação, Feminismos e Epistemologia Feminista. Lattes: http://lattes.cnpq.br/8882999172098781 Essa ementa é de propriedade da Escola As Pensadoras e de responsabilidade das professoras. Não permite cópia. #aspensadorasoficial #comunidadeaspensadoras #vemserumapensadora #redebrasileirademulheresfilosofas #mulheresefilosofia #rededemulheres
- Judith Butler por Carla Rodrigues: As Pensadoras agora em nosso canal
Carla Rodrigues apresenta as principais ideias do pensamento de Judith Butler, tratando de questões sobre gênero, dominação, exclusão, violência e luto. Esse vídeo integra a primeira série do projeto As Pensadoras, coordenado por Rita Machado (UEA), que tem por objetivo divulgar a contribuição da obra de mulheres para a história do pensamento e para os feminismos. Veja o programa de curso e a bibliografia em https://www.filosofas.org/post/copy-of-curso-on-line-as-pensadoras-abertas-inscrições-turma-3 CARLA RODRIGUES é professora da cadeira de Ética no Departamento de Filosofia da UFRJ, pesquisadora do Programa de Pós-Graduação em Filosofia (IFCS/UFRJ), onde vem se dedicando ao estudo do pensamento da filósofa Judith Butler. Foi contemplada com bolsa de produtividade do edital Jovem Cientista do Nosso Estado (Faperj, 2018/2020) com o projeto "Judith Butler: do gênero à crítica da violência de estado". É integrante do GT Filosofia e Gênero, do GT História das Mulheres na Filosofia e uma das fundadoras do GT Desconstrução, linguagem, alteridade, da ANPOF. É integrante da linha de pesquisa Gênero, raça e colonialidade, no PPGF. Coordena o laboratório Filosofias do tempo do agora, catalogado no Diretório de Núcleos de Pesquisa do CNPq. Doutora e mestre em Filosofia pela PUC-Rio. Lattes: http://lattes.cnpq.br/1849437854243808 #redebrasileirademulheresfilosofas #filosofasOrg #filosofasbrasil #carlarodrigues #judithbutler #aspensadoras
- Percentual de docentes do sexo feminino no Programa de Pós-Graduação em Filosofia da PUC-PR
Bem-vindos à Coluna do Quantas Filósofas? na Rede Brasileira de Mulheres Filósofas. Quantas Filósofas? é um projeto de extensão do Departamento de Filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Seu objetivo é produzir dados sobre Filosofia e Mulheres no Brasil e mobilizar alunos de graduação para a redação e divulgação de verbetes sobre Filósofas. Essa coluna publica periodicamente gráficos baseados em dados oficiais sobre Filosofia e Mulheres no Brasil produzidos pelo Quantas Filósofas?. Gráficos são imagens que trazem muitas informações. Eles contam histórias de pessoas e instituições, eles nos informam para as nossas escolhas. Essa coluna pretende despertar a atenção aos gráficos, por isso não publica comentários ou análises. Quer pedir a publicação de um gráfico? Escreva para quantasfilosofas@gmail.com #redebrasileirademulheresfilosofas #filosofasbrasil #quantasfilosofas #ppfg #puc-pr
- ECOFEMINISMOS: TEORIA E PRÁTICA 2ª edição
APRESENTAÇÃO - Apresentar um panorama conceitual e histórico sobre os ecofeminismos, com destaque para as contribuições originais da primeira geração de intelectuais ecofeministas; - Explorar as críticas ecofeministas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), emergidos dentro do modelo capitalista de desenvolvimento; - Apresentar a perspectiva do ecofeminismo animalista, com destaque para suas contribuições éticas e políticas; - Discutir os elementos que constituem uma abordagem ecofeminista direcionada para a promoção da justiça interespécies e socioambiental, considerando a descolonialidade. Coordenadoras: Profas. Dras. Daniela Rosendo e Tânia Aparecida Kuhnen Mediadora: Profa. Dra. Rita de Cássia Fraga Machado (UEA) Data e horário: 15 e 22 de agosto 2020, das 15h às 17h30m (BSB). Inscrição pelo formulário: https://forms.gle/LjDsVHaZZDDLXXzR6 Informações pelo e-mail: inscricoes.ecofeminismos@gmail.com @aspensadorasoficial Plataforma de Realização: GoogleMeetn sugere-se um e-mail no gmail para assistir às aulas. Vagas: 247, com 5h de certificado emitido pelas As Pensadoras Realização: As Pensadoras AULAS E CONTEÚDOS Aula 1 – Fundamentos teóricos dos Ecofeminismos - 15/08/2020 Conteúdo programático: 1. O aporte teórico dos ecofeminismos: definição, história, críticas e contribuições originais; 2. Ecofeminismo e os limites dos objetivos do Desenvolvimento Sustentável (Aula 1); Objetivos: - Apresentar um panorama conceitual e histórico sobre os ecofeminismos, com destaque para as contribuições originais da primeira geração de intelectuais ecofeministas; - Explorar as críticas ecofeministas aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), emergidos dentro do modelo capitalista de desenvolvimento; Bibliografia: CUOMO, Chris. On Ecofeminist Philosophy. Ethics &The Environment, v. 7, n. 2, p. 1-12, 2002. DEEGAN, Mary Jo; PODESCHI, Christopher W. The Ecofeminist Pragmatism of Charlotte Perkins Gilman. Environmental Ethics, v. 23, n. 1, p. 19-36, 2001. KHEEL, Marti. Nature Ethics: An Ecofeminist Perspective. Lanham: Rowman& Littlefield, 2008. KING, Ynestra. Curando as feridas: feminismo, ecologia e dualismo natureza/cultura. In: JAGGAR, Alison. M.; BORDO, Susan R. Rio de Janeiro. Gênero, corpo, conhecimento. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 1997. p. 126-154. KUHNEN, Tânia A. A crítica ecofeminista ao paradigma do desenvolvimento: a necessidade de repensar a relação humana com a natureza. Florianópolis. Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s World Congress.In: Anais eletrônicos do Seminário Internacional Fazendo Gênero 11 & 13th Women’s World Congress.Florianópolis: UFSC, 2017. Sempaginação. MERCHANT, Carolyn. The Death of Nature. In: ZIMMERMANN, Michael et al (Orgs.). Environmental Philosophy. Upper Saddle River: Prentice Hall, 1998, p. 277-290. MIES, Maria; SHIVA, Vandana. Ecofeminismo. Lisboa: Piaget, 1993. MOORE, Niamh. Eco/feminists Genealogies: Renewing Promises and New Possibilities. In: PHILLIPS, Mary; RUMENS, Nick (eds). Contemporary Perspectives on Ecofeminism. New York: Routledge, 2016. p. 19-37. PHILLIPS, M.; RUMENS, Nick. Introducing Contemporary Ecofeminism. In: PHILLIPS, M.; RUMENS, N. Contemporary Perspectives on Ecofeminism. London: Routledge, 2016. p. 1-16. PLUMWOOD, V. Feminism and the Mastery of Nature.Londres: Routledge, 1993. RODRIGUEZ, Graciela (coord.) As mulheres na Rio+20: Diversas visões contribuindo ao debate. Rio de Janeiro: Instituto Eqüit, 2013. ROSENDO, Daniela. Sensível ao cuidado: uma perspectiva ética ecofeminista. Curitiba: Prisma, 2015. ROSENDO, Daniela; KUHNEN, Tânia A. A ética ecofeminista de Karen J. Warren: um modelo de ética ambiental genuína?.INTERthesis (Florianópolis), v. 12, p. 16-41, 2015. ROSENDO,Daniela; KUHNEN, Tânia A. Ecofeminism. In: LEAL FILHO, W., AZUL, A., BRANDLI, L., ÖZUYAR, P., WALL, T..(Org.). Encyclopedia of the UN Sustainable Development Goals. Springer International Publishing, 2019, v. 1, p. 1-12. SALLEH, Ariel. Naturaleza, mujer, trabajo, capital: La más profundacontradicción. Ecología política, n. 7, p. 35-47, 1994. SHIVA, Vandana. Monoculturas da Mente: perspectivas da biodiversidade e da biotecnologia. São Paulo: Gaia, 2003. WARREN, Karen. Ecofeminist Philosophy: A Western Perspective on What is and Why it Matters. Lanham: Rowman& Littlefield, 2000. Aula 2 – Práxis ecofeminista - 22/08/2020 Conteúdo programático: 1. Ecofeminismo e a questão dos animais não humanos: alimentação e veganismo; 2. Um projeto ético e político: que ecofeminismo queremos construir? Objetivos: - Apresentar a perspectiva do ecofeminismo animalista, com destaque para suas contribuições éticas e políticas; - Discutir os elementos que constituem uma abordagem ecofeminista direcionada para a promoção da justiça interespécies e socioambiental, considerando a descolonialidade. Metodologia: Aula expositiva dialogada, com apresentação de aspectos teóricos e espaço para debates VIA CHAT. Bibliografia Aula 2 - 22/08/2020 ADAMS, Carol. The Sexual Politics of Meat: A Feminist-Vegetariam. Critical Theory. 20. Ed. New York: Continum, 2011. CUDWORTH, Erika. Ecofeminism and the Animal. In: PHILLIPS, Mary; RUMENS, Nick (eds). Contemporary Perspectives onEcofeminism. New York: Routledge, 2016. p. 38-56. KUHNEN, Tânia A. Conexões entre ecofeminismo e movimentos rurais de mulheres no Brasil. Campina Grande. III Seminário Internacional Desfazendo Gênero. In: Anais do III Seminário Internacional Desfazendo Gênero. Campina Grande. Com a diferença tecer a resistência. Campina Grande: Universidade Estadual da Paraíba, 2017a, p. 794-799. KUHNEN, Tânia A. Marcha das Margaridas: apontamentos para um (eco)feminismo latino-americano. Revista Sul Sul, v. 1, n. 1, p. 124-147, 2020. LUGONES, María. Rumo a um feminismo decolonial. Estudos Feministas, v. 22, n. 3, p. 935-952, set./dez. 2014. ROSENDO, Daniela. Ecofeminismoqueer: Reflexões sobre uma teoria política não binária. Revista Latinoamericana de EstudiosCriticosAnimales, año 4, v. 1, p. 16-33, jun. 2017. ROSENDO, Daniela; OLIVEIRA, Fabio A. G.; CARVALHO, Príscila; KUHNEN, Tânia A. (Org.). Ecofeminismos: fundamentos teóricos e práxis interseccionais. Rio de Janeiro: Ape’Ku 2019. p. 205-222. SILIPRANDI, Emma. Mulheres e Sistemas agroflorestais (SAFS): agroecologia e feminismo na floresta. In: CASTRO, Amanda Motta; MACHADO, Rita da Cassia (Org.) Estudos feministas: mulheres e educação popular. 2. v. São Paulo: LiberArs, 2018. p.49-60. SVAMPA, Maristella. Feminismos delSur y ecofeminismo. Nueva Sociedad, n. 256, p. 127-131, mar./abr., 2015. Quem Somos: Daniela Rosendo é Doutora e Mestra em Filosofia (UFSC), e graduada em Direito (Univille). Com experiência no terceiro setor e na docência/coordenação no ensino superior, realiza atualmente um estágio pós-doutoral no Programa de Pós Graduação em Filosofia da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e dedica-se ao desenvolvimento de um projeto de educação popular ecofeminista. Membra do Comitê Latino Americano e do Caribe para Defesa dos Direitos da Mulher (CLADEM Brasil).Pesquisadora do Núcleo de Ética Prática (NuEP) da UFSC, do Laboratório de Ética Ambiental e Animal (LEA) da UFF e do Marginais: Grupo Interdisciplinar de Pesquisa sobre Minorias e Exclusões, da Universidade Federal do Oeste da Bahia. Tânia A. Kuhnen é ecofeminista interseccional, filósofa e professora da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), vinculada ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Humanas e Sociais (PPGCHS). Realiza pesquisas e publicações sobre Filosofia Feminista e ética contemporânea. Integra os grupos de pesquisa Gestão, Inovação e Desenvolvimento, além de colaborar com o Laboratório de Ética ambiental e Animal (LEA-UFF) e o Grupo IPÊS (FURB). CV Lattes:http://lattes.cnpq.br/8881089112935588. Essa ementa é destina As Pensadoras, e não pode ser copiada.
- Live no Instagram: Feminismo ético em Drucilla Cornell
Na próxima terça, dia 4 de agosto de 2020, 18h, Carla Rodrigues convida Maria Walkiria Cabral para uma conversa no instagram sobre a filósofa Drucilla Cornell. A live abordará o tema dos feminismos e a condição ética. A atitude ética supõe responsabilidade de não apropriação do Outro em qualquer sistema de significado. Nesse sentido, o feminismo ético deve estar atento a uma não correspondência à determinação do feminino pela sociedade patriarcal, para não correr o risco do silenciamento das experiências das mulheres que o deveriam compor. Para isso, vamos mostrar brevemente como a filósofa irá trabalhar as ideias de feminismos, da aliança feminista e feminismo transnacional ao longo de suas obras. Drucilla Cornell é uma filósofa estadunidense, com formação jurídica (J.D.), professora emérita na Rutgers University, New Jersey, e Professora Extraordinária na University of Pretoria na África do Sul. Desde 2003, Drucilla trabalha com o uBuntu Project, na África do Sul, no qual envolve pesquisa sobre valores indígenas/povos originários com advocacy pela causa. De 2007 a 2010, ocupou a Presidência da Fundação Nacional de Pesquisa em valores indígenas, o direito costumeiro e a jurisprudência da dignidade para a Corte Constitucional. Seus maiores trabalhos estão na área da Filosofia Feminista do Direito, principalmente após seu projeto na África do Sul, quando se dedicou a pensar a Jurisprudência da Corte Constitucional sob influência do princípio do uBuntu. Carla Rodrigues é professora do Departamento de Filosofia da UFRJ e pesquisadora Jovem Cientista do Nosso Estado da Faperj Maria Walkiria Cabral é professora de Ética e Direitos Humanos do curso de Gestão Pública da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
- Escola feminista As Pensadoras: formação sobre as vertentes teóricas e práticas dos feminismos
"A Escola de formação feminista ganha corpo virtual no período de quarentena e abre espaço para o diálogo interdisciplinar e para a formação de pensamento emancipatório, com uma agenda democrática de cursos de curta, média e longa duração. Os cursos são propostos por um corpo docente qualificado e representativo, advindo de todos os lugares do país, de Universidades reconhecidas e valorizadas pela sua capacidade de produção ética de conhecimento". Rita de Cássia Fraga Machado Coordenadora do Projeto A Escola interdisciplinar de formação As Pensadoras nasce em março de 2020, fruto de uma demanda de ensino e aprendizagem no campo das Ciências Humanas no Brasil, com destaque para a Filosofia e a Educação feminista. A grande adesão ao curso de introdução aos feminismos, coordenado pela professora Dra. Rita de Cássia Machado (UEA), com o suporte da professora Dra. Carolina Araújo (UFRJ) e ministrado através da Rede Brasileira de Mulheres Filósofas no início de 2020, apontou para a necessidade de criação de um espaço intelectual e interdisciplinar de aprofundamento das diversas vertentes teóricas dos feminismos. Com o objetivo de suprir a lacuna teórica deixada pelas Universidades brasileiras, a Escola está sendo construída com a contribuição de muitas mulheres da academia e de fora dela. A primeira edição do curso As Pensadoras foi composta por três turmas, com um total de 750 cursistas e um corpo docente de professoras das diversas áreas do saber. As teóricas feministas estudadas foram Silvia Federici, Silvia Cusicanqui, Rosa Luxemburgo, Lélia Gonzalez, Judith Butler, Nancy Fraser, Seyla Benhabib, Margaret Cavendish, Vandana Shiva, hell hooks e Carol Gilligan. A grande procura pelo curso motivou a coordenadora do projeto, professora Rita Machado, a formalizar a Escola, formando uma equipe de apoio para lançar, já neste segundo semestre, uma agenda de cursos e minicursos que irão abranger outros nomes do feminismo e aprofundar seus campos epistemológicos e metodológicos. Para Rita, professora de Filosofia da Universidade do Estado do Amazonas, este projeto é um movimento de emancipação do saber e de justiça epistêmica feminista, pois abre espaço para muitas discussões que estavam sendo, até então, ignoradas pelos departamentos acadêmicos: “A escola de formação feminista que estamos construindo não é somente uma questão de justiça histórica com as mulheres, é também um modo diferente de realizar e construir, com valores feministas, o presente e sonhar o futuro, que será de justiça epistêmica com as mulheres, todas as mulheres, de todos os cantos do mundo”, afirma Rita. A Escola As Pensadoras tem como um de seus principais objetivos a retomada e, também, recriação das teorias clássicas do pensamento de mulheres feministas ou não e a construção de novos pilares epistemológicos que estabeleçam pontes dialógicas entre as diversas facetas do movimento de práxis feminista. Sendo os cursos uma ferramenta teórico-prática que possibilita a educação intelectual e a transformação social realizada por e para mulheres, a escola nasce da intersecção que reúne as necessidades de raça, classe e gênero. Pretende ser um espaço de diálogo, construído – como nas palavras de Heleieth Saffioti – em uma relação de novelo dialético, abrindo-se como um espaço político e metodológico de ensino e aprendizagem, realizado através da partilha conhecimento que acontece entre professoras e estudantes. Outro objetivo é a solidariedade feminista. Os valores arrecadados nas taxas de inscrições dos cursos e minicursos da Escola são doados parcialmente a projetos sociais feministas. A primeira arrecadação foi destinada à Associação de mulheres do Médio Solimões – AMIMSA – para a compra de 100 cestas básicas e material de higiene para as aldeias Madijá Kulina do Rio Juruá, em situação de maior vulnerabilidade social do médio Amazonas e para a Feira de Agroecologia e Mulheres: mulheres trocando saberes. Os valores arrecadados no próximo curso, que inicia no mês de agosto e terá como temática as Pensadoras Negras Brasileiras, será destinado ao Quilombo Coxilha Negra, demarcado e situado no município de São Lourenço do Sul/RS – para a compra de cestas básicas, materiais de higiene e limpeza e cobertores. Ao longo do semestre, a Escola também apoiará candidaturas de mulheres às eleições estaduais e municipais. A agenda do próximo semestre contempla outros minicursos de rupturas epistêmicas, com temas como: Feminismos no Brasil, Ecofeminismos, Feminismos Negros e Latinos, pensamento feminista no campo Direito, Epistemicídio, Teoria Democrática Feminista entre outros assuntos e nomes importantes da teorias feministas contemporâneas; além do lançamento da segunda edição do curso As Pensadoras, que estudará algumas intelectuais dos séculos XIX e XX que refletiram sobre o conceito de liberdade. No próximo ano, 2021, será lançado um curso de Aperfeiçoamento em Filosofia Feminista, com carga horária de 200 horas, em formato Ead e disciplinas modulares, contará com um corpo docente das maiores especialistas da área, do Brasil e da América Latina. Essas e outras informações sobre o ano de 2021 serão lançadas nas redes a partir de outubro de 2020. É utopia feminista, tem nos movido. Sobre As Pensadoras: Escola de Formação Feminista que oferece cursos de curto, média e longa duração e viabiliza obras de pensadoras do Brasil e do Mundo. Contato: @aspensadorasoficial /Inst http://aspensadoras.com.br/ site comunicacao@aspensadoras.com.br coordenacao@aspensadoras.com.br facebook.com/aspensadorasoficial Agenda: https://instagram.com/stories/aspensadorasoficial/2366190735371758361?igshid=1l1x175jdfayt Texto: Giovanna Hagemann Pozzer - Jornalista e estudante de mestrado em filosofia da PUCRS.
- (Des) silenciando as identidades de gênero
Giovanna Bassalo Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Filosofia da UFPA; Graduada em Direito pelo CESUPA; integrante do Grupo de Pesquisa (CNPQ): Filosofia Prática: Investigações em Política, Ética e Direito. Loiane Prado Verbicaro Professora da Faculdade de Filosofia e do Programa de Mestrado em Filosofia da Universidade Federal do Pará (UFPA). Líder do Grupo de Pesquisa (CNPq): Filosofia Prática: Investigações em Política, Ética e Direito. No dia 24 de abril de 2020, em sessão virtual, o Supremo Tribunal Federal julgou inconstitucional uma Lei Municipal que proibia a divulgação de materiais que fizessem referência à chamada “ideologia de gênero” nas escolas de Novo Gama – GO. A lei, em vigor desde junho de 2015, determinava que todos os materiais didáticos deveriam passar por análise antes de serem distribuídos nas escolas municipais e aqueles que “fizessem referência a ideologia de gênero”, mesmo que recebidos através de doação, seriam substituídos. O Ministro Alexandre de Moraes, relator da Ação, justificou seu voto – pela inconstitucionalidade da lei – na impossibilidade de um Município legislar sobre métodos, currículos ou conteúdos programáticos, sendo essa uma competência privativa da União. O Ministro argumentou ainda contra a “imposição do silêncio”, declarando que tal censura contribui para a manutenção da discriminação e se opõe ao dever estatal de promover políticas públicas de inclusão e igualdade. A suposta “ideologia de gênero” e todas as falácias e fake news que a envolvem já são conhecidas pelos brasileiros graças a popularização desse termo na última década. A sua primeira aparição se deu ainda em 1998, na conferência Ideologia de gênero: sus peligros y alcances, em Lima, no Peru (O’LEARY, 1998). Desde então, o termo vem sendo utilizado por grupos conservadores como um grande inimigo a ser enfrentado. Sob essa ótica conservadora, as políticas relacionadas ao gênero teriam como objetivo favorecer demandas de movimentos sociais – como os feministas e LGBTQ+ - para questionar a natureza da reprodução humana e ofender o direito à vida. Exemplo disso seria a luta pela constituição de famílias homoafetivas, que supostamente ameaçaria a família tradicional. O emprego terminológico de “ideologia”, propositalmente, refere-se ao seu sentido marxista,[1] estabelecendo de imediato uma relação linguística que influenciaria na opinião pública e, ainda, denunciaria o caráter ilusório da possibilidade de um gênero como constructo social. (CORNEJO-VALLE e PICHARDO, 2017, p. 6). No contexto brasileiro, a chamada “ideologia de gênero” ganhou forma através de falsas notícias atreladas a projetos como o Escola sem Homofobia – nomeado como “kit gay” por grupos conservadores – o que fortaleceu ainda mais as pautas em oposição aos direitos das mulheres e de LGBTQ+. É curioso que por mais que o termo não seja citado em nenhum projeto a favor dos direitos relacionados a gênero, praticamente todas as pautas conservadoras insistam em utilizar essa terminologia e reafirmar que devem combater algo que não conseguem ao menos definir o que é – sem que, para isso, se apoiem em fake news. O fato é que esse plano de censura e silenciamento tem um objetivo muito claro: a manutenção do status quo e das diversas violências que isso representa para os grupos afetados. Quando isso se volta ao ensino infantil, a preocupação é ainda maior justamente por compreenderem a força do ambiente escolar na formação do ser humano e, assim, de toda uma sociedade. Guacira Lopes Louro, nome referência em educação, destaca a importância da escola em abordar e debater as identidades de gênero e sexualidades no livro Gênero, Sexualidade e Educação, publicado em 1997. Segundo a autora, a escola exerce uma função na construção das diferenças, seja externamente – entre os que têm e não têm acesso àquele ambiente – ou internamente – através de mecanismos de classificação, ordenamento e hierarquização – separando mais velhos de mais novos, mais ricos dos mais pobres, professores de alunos e, ainda, meninos e meninas. Essas diferenças, no entanto, não se restringem ao espaço escolar, ultrapassam seus muros e influenciam em toda uma estrutura. (LOURO, 2003, p. 57) Guacira parte então do conceito da “fabricação” de indivíduos de Foucault, em Vigiar e Punir (FOUCAULT, 1987, p. 153), para explicar que esse processo é sutil e quase imperceptível, manifestando-se primeiramente não em leis, decretos ou discursos oficiais, mas exatamente nas práticas rotineiras, comuns, “nos gestos e palavras banalizados”, naquilo que é tido como “natural”. Considera-se natural, a partir dos estereótipos de gênero, diferenciar brinquedos e brincadeiras infantis segundo o sexo; cores, comportamentos, temperamentos, “naturalmente”, distinguindo meninos e meninas. Características que, na realidade, resultam de constructos sociais, são creditadas à natureza. Essa relação entre o que é “natural” e o que é construído socialmente é amplamente discutida também pela filósofa Judith Butler. Partindo da noção hegeliana do sujeito-em-processo[2], que é moldado ao longo de sua jornada pelos atos que executa, Butler compõe a ideia de que não há uma categoria fixa do “sujeito”, mas que este é um constructo performativo criado a partir dos moldes daquela sociedade e das conjunturas as quais é condicionado. A identidade de gênero e os termos “homem” e “mulher” são, portanto, construtos de sequências de atos, que constituem um sujeito que não está “por trás” dos atos, mas é precisamente formado por eles. (BUTLER, 1990). Dessa forma, uma criança não tem predisposição a gostar mais de uma disciplina ou de outra, a preferir dançar ou jogar futebol, rosa ou azul, simplesmente pelo sexo com o qual nasceu. As crianças – e também os adultos – resultam dos atos que performam e que são ensinados a performar. Se uma criança aprende que somente uma forma de existência é a correta – que meninos são dessa forma, meninas são de outra, e nada existe além disso, ela se esforçará para ser o que aprendeu mesmo que isso signifique um grande sofrimento para essa criança (por medo da represália daqueles a quem ama e respeita) ou para as crianças que não se adequarem a esse padrão, que serão rejeitadas pelo grupo. Tão importante quanto aquilo que é ensinado, é aquilo que é silenciado. “Os sujeitos que não são, seja porque não podem ser associados aos atributos desejados, seja porque não podem existir por não poderem ser nomeados” (LOURO, 2003, p. 67). Assim se deu o apagamento das histórias africanas no Brasil, assim se deu o ocultamento e a negação dos LGBTQ+ pela escola. Retornando a Guacira Lopes Louro, “ao não se falar a respeito deles e delas, talvez se pretenda "eliminá-los/as", ou, pelo menos, se pretenda evitar que os alunos e as alunas "normais" os/as conheçam (...). Aqui o silenciamento — a ausência da fala — aparece como uma espécie de garantia da "norma"”. (LOURO, 2003, p. 67 e 68) Seria, portanto, possível promover efetivamente a inclusão e a igualdade sem compreender e estudar todas as diversidades – de gênero, de orientação sexual, de raça, de classe, culturais, sociais etc – desde o início da formação dos cidadãos do futuro? É notório que não. E a declaração de inconstitucionalidade da referida lei é exatamente sobre isso. Não se trata apenas de Novo Gama - GO, nem somente de uma questão formal de incompetência municipal. Se trata de reconhecer e abraçar todas as existências que vem sendo ignoradas e silenciadas por séculos e não permitir que sejam ocultadas novamente. REFERÊNCIAS BUTLER, Judith. Gender Trouble: feminism and subversions of identity. New York: Routledge, 1990. BUTLER, Judith. Subjects of Desire. New York: Columbia University Press, 2012. CORNEJO-VALLE, Mónica; PICHARDO, J. Ignacio. La “ideología de género” frente a los derechos sexuales y reproductivos. El escenario español. Campinas: Cadernos Pagu, n. 50, 2017. FOUCAULT, Michel. Vigiar e punir: nascimento da prisão. Tradução: Raquel Ramalhete. Petrópolis: Vozes, 1987. LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação. Uma perspectiva pós-estruturalista. 6ª Ed. Petrópolis: Vozes, 2003. O’LEARY, Dale. La ideología de género: sus peligros y alcances. Disponível em: . Acesso em: 29 abr. 2020. STANLEY, Jason. Como funciona o fascismo. A política do Nós e Eles. Amadora: 2020 Editora, 2019. [1] É usual de políticas fascistas acusarem escolas, universidades e professores de realizarem doutrinação ideológica, comumente associada ao marxismo cultural, que é uma expressão utilizada sem qualquer ligação a Marx ou ao marxismo. É empregada como forma de difamar a igualdade, reduzindo o debate a um conflito ideológico. Trata-se de uma política que apela ao menosprezo das competências científicas, com um discurso anti-esclarecimento, anti-ciência e anti-razão (STANLEY, 2019). [2] Em sua obra “Subjects of Desire” (BUTLER, 2012), em que traz a recepção da Fenomenologia do Espírito pelos filósofos franceses das décadas de 30 e 40 do século XX, Butler discorre sobre a construção do sujeito-em-processo do espírito (geist) de Hegel que, para a filósofa, não consiste em um sujeito “idêntico-a-si-mesmo” que simplesmente vai de um lugar ontológico para o outro superando as etapas da dialética hegeliana, mas um sujeito que é suas viagens e é constituido por cada lugar em que se encontra (BUTLER, 2012).
- Manifesto contra a perseguição de filósofas
A Rede Brasileira de Mulheres Filósofas, suas/seus membras(os) e amigas(os) vêm expressar seu incondicional apoio à livre expressão do pensamento de filósofas e o repúdio às variadas formas de insulto, intimidação, perseguição e violência que elas têm sofrido nas mídias digitais. A recente ameaça à família da filósofa Djamila Ribeiro é um caso exponencialmente mais grave e aponta para a urgência da mobilização social em defesa da liberdade das mulheres, sobretudo daquelas sobre quem recaem fatores adicionais de opressão, como marcas sociais de raça e classe. Nós nos sentimos consternadas(os) com essa situação de reiterados ataques às mulheres e esperamos que sejam tomadas medidas institucionais cabíveis de combate a esse tipo de violência. Uma sociedade melhor para todas(os) depende de práticas de justiça baseadas no diálogo e no pensamento, para as quais as filósofas têm muito a contribuir. É por estarmos cientes de nosso papel social que dizemos: Nenhuma filósofa está sozinha! Assine o manifesto até 02/08/2020 aqui. #manifestofilosofas #filosofasbrasil #filosofasorg #redebrasileirademulheresfilosofas #nenhumafilosofasozinha
- LIVE sobre o tema: MULHERES, RESISTÊNCIAS E EMPODERAMENTOS EM DEBATE
Nessa SEXTA-FEIRA DIA 31/7 - das 19h às 20h30 ocorrerá a LIVE sobre o tema: MULHERES, RESISTÊNCIAS E EMPODERAMENTOS EM DEBATE. A live ocorrerá nos canais do youtube e facebook da editora Nova Práxis. Os livros apresentados na Live, durante a semana, estarão todos com 20% de desconto, podendo ser adquiridos no site da editora usando o CUPOM: MULHER Na ocasião, a professora Dra Graziela Rinaldi da Rosa, professora de Filosofia da Universidade Federal do Rio Grande, e integrante da Rede Brasileira de Mulheres Filósofas, apresentará o livro que organizou, intitulado "Mulheres em Movimento: perspectivas em educação, ativismo e empoderamento" (2019). Esse livro estabelece diálogos sobre Educação Popular, Mulheres, e diferentes epistemologias feministas e Feminismos, e é fruto de estudos, pesquisas e movimentos de mulheres em diferentes contextos, mas que se dialogam e convergem no mesmo caminho de uma educação descolonial, descolonizante, não patriarcal e anti-patriarcal, não sexista e tampouco eurocêntrica. Foi construído a partir de diálogos que as mulheres estabelecem, e os espaços de resistência que constroem conjuntamente. Trata de uma obra inspirada nos encontros de mulheres do campo, das águas, florestas e cidades, de mulheres negras, travestis, trans, bi, drags, mulheres de movimentos sociais, estudantes do campo, e da cidade, e outras mulheres, que estiveram presente nas quatro edições dos Seminários das Mulheres do Campo, das águas, florestas e cidades, cuja coordenação geral tem sido desenvolvida pela mesma organizadora da obra, em conjunto com uma diversidade de mulheres. Um evento organizado e construído de forma coletiva, considerando uma grande diversidade de mulheres. Um espaço de partilha de saberes e fazeres de mulheres, especialmente de mulheres de povos tradicionais, que inspirou a editora Nova Práxis presentear essa obra.
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